24 Mar 2009

A ajuda humanitária pode ser elegante


Um filme muito lindo.

Começa numa grande recepção onde ele entra esbaforido com um pretito pela mão e grita que não lhe estão a dar dinheiro suficiente para matar a fome na Etiópia.
Ela fica toda atolanbada e num instante larga o emprego e num magnífico conjunto branco e echarpe desembarca na Etiópia onde ajuda muita gente.

Depois volta para Londres e para o marido mas começa a ficar saudosa e vai ajudá-lo no Cambodja onde chega num magnífico conjunto preta de calças largas e que me pareceu de seda.
Aí acontecem coisas muito terríveis e um dia numa casa de montanha onde descansam das aventuras beijam-se e acontece o que estão á espera mas não digo.

Volta novamente para Londres e para o marido mas as saudades são imensas e parte para a Chechénia onde chega com um belo casaco de peles e um gorro que me pareceu de vison.
Ele está preso na montanha mas ela vai procurá-lo, encontra-o e por sorte naquele momento o acampamento é bombardeado de alto a baixo, morrem todos menos eles os dois que escapam na neve em direcção ao infinito.

Quanto o estão quase a alcançar ela pisa uma mina e morre. Ele não.
Fartei-me de chorar.

Também comecei a pensar.
Porque é que há tanta gente desejosa de ir ajudar para os confins de África e outros lugares cheios de exotismo e são incapazes de ajudar o vizinho do prédio ao lado?

1 comment:

Cantanhede said...

Pelo mesmo motivo que só é "fashion" lutar pelos direitos dos golfinhos, dos pandas e das focas bébés... Porém, dar um prato de comida ao rafeiro que está a morrer à porta do prédio, já não é tão bem!!
Os rafeiros até nem são "fofuchos"!

Votos de uma boa semana...