A Dona VALENTINA MARCELINO é uma ilustríssima jornalista do Diário de Notícias que por motivos óbvios é destacada para relatar incidentes que haja nos bairros onde há gente daquela etnia que não se pode dizer e outra gente daquela cor que também não se pode dizer.
Desta vez a coisa foi mais fácil.
Calhou-lhe cobrir, salvo seja, um incidente entre dois grupos de pacatos jovens que terminou com um deles, quase uma criança, com um tiro no peito e um caixão á saída do Hospital.
Vamos ouvir:
Desta vez a coisa foi mais fácil.
Calhou-lhe cobrir, salvo seja, um incidente entre dois grupos de pacatos jovens que terminou com um deles, quase uma criança, com um tiro no peito e um caixão á saída do Hospital.
Vamos ouvir:
Quem visse o choro profundo dos amigos do bairro e ouvisse a oração que todos eles, com mulheres e homens mais velhos, lançaram a Deus, rogando para que outra morte não acontecesse, não imaginaria que parte daqueles miúdos tinham estado na véspera, munidos de bastões, facas e armas, a aterrorizar o bairro do suspeito assassino.
E tinham razão, porque:
Ninguém explica o motivo da morte de Aires. Um primo, Ciro Henriques, que tem a cara inchada, pontos no lábio e o nariz partido, garante que "eles", os do "Bairro Azul, da Quinta da Piedade" os perseguiam, a ele e a Aires há vários meses. Porquê? "Não sei", responde, "não fizemos nada".
Pois claro, estavam postos em sossego e vem o Lobo Mau com:
.."paus, martelos, facas e armas" e "gritavam por Jair". 'Moreno' diz que o "seu" bairro está preparado para a "vingança" do grupo de Aires. "Estamos todos prontos esta noite. A polícia nem tem que vir aqui que nós tratamos de tudo", afiança. Quando lhe contamos das lágrimas da mãe de Aires, parece hesitar nas palavras de ódio, mas acaba a sacudir os ombros: "Quem morre com tiro é porque procurou a morte. Ele andou a provocá-la."
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