O dr. Portas pretende que a justiça vá até "ao fundo" no "caso Freeport".
Jerónimo quer que a verdade "seja apurada".
A dra. Manuela fala em "sucessão" de factos que torna "premente" o esclarecimento do tema.
E Louçã também deve ter dito qualquer coisa.
Isto significa que, à medida que o ano eleitoral avança, o "caso Freeport" também avança pelo ano eleitoral adentro na proporção inversa à velocidade com que avança na justiça.
Não me parece avisado.
O que a oposição deve fazer é julgar politicamente o governo e o seu chefe. Levar o "caso" para dentro da política é seguir o filão do congresso albanês do PS, ou seja, dar razões a Sócrates para se fazer de coitadinho, secundarizando o fracasso da primeira legislatura socialista em maioria absoluta. Acresce que, se no "caso Freeport" Sócrates é inocente até prova em contrário, já no seu desempenho como primeiro-ministro há muito que o deixou de ser.
Ao centralizar na sua extraordinária pessoa o partido, o governo e a propaganda, Sócrates aceitou beber o cálice até ao fim. É isso que a oposição lhe tem de exigir perante um país mais devastado, mais deprimido e mais pobre do que há quatro anos.
Quem bebe pelo gargalo compra a garrafa.
No comments:
Post a Comment