Há qualquer coisa a cheirar mal neste Reino da Dinamarca
de 3ª categoria.
MST desancou Luís Marinho na página que o Expresso lhe
paga para fazer comentários de índole nacional, internacional e cósmica.O motivo era o saneamento, não se assustem não foi fuzilado, de um jornalista por ter dito muito mal de Angola e dos corruptos que por lá se desenvolvem melhor que as bananeiras.
Segundo o que se leu na imprensa da Tugulândia isso punha em causas os milhões que virão com os negócios entre esta coisa que nós somos e o senhor Eduardo dos Santos.
Acto II.
Marinho não se ficou e publicou uma carta aberta de
resposta no Diário de Notícias e enviou outra para o Expresso.Aqui aconteceram duas coisas muito interessantes.
Primeiro as cartas são muito, muito, muito parecidas mas não são iguais.
A do Diário de Notícias é violenta q.b. mas na do Expresso as passagens mais ousadas desapareceram.
E, claro está, MST sem pudor nenhum responde na mesma edição à carta de Marinho. Aqui nada a dizer porque Marinho é jornalista e sabe que esta é uma arma que todos os jornalistas usam quando entram neste tipo de discussão.
Acto III
Desce o pano e ficam perguntas.Marinho escreveu duas cartas?
Se sim, porquê?
Se não quem reescreveu a segunda?
No foyer poderia então circular um pedacinho da primeira carta que é como segue:
Em maio de 1991, numa
entrevista à revista Kapa,
quando te perguntaram "o que é hoje a RTP?", afirmaste o que passo a
transcrever: "Não existe a RTP. Existe a TV do José Eduardo Moniz. Está
ali para se servir, e o preço que tem a pagar é servir o poder, seja o PS que o
meteu lá, não esqueçamos... seja o PSD ou outro qualquer. Este tipo de gente
serve todos os regimes. Mas ele não é eterno: não pode ir mais acima porque já
está no topo da empresa, é quem manda mais. Portanto, a esta hora já deve andar
a namorar as privadas. E ainda vamos assistir ao cúmulo da imoralidade - que é
o José Eduardo Moniz, o homem de mão, o homem que moldou a RTP à sua
semelhança, depois de minar a TV pública e liquidar a sua credibilidade, sair
para outro canal e passar a concorrer com a própria RTP."
Passados nove anos -
nove anos -, caías nos braços desse mesmo José Eduardo Moniz, na TVI. Ataque de
amnésia? Ou outros valores, bem mais altos, se levantaram?
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