Ler jornais na Tugulândia pode ser um exercício penoso e
perigoso.
Estão cheios de crimes, de trafulhices na política, de
avisos de greves, de anúncios sexuais e de analises politicas de bandalhos.
Vamos ler um deles.
É um Salgari moderno, não foi, não viu, não ouviu mas
escreve cheio de arroubo.
Ora leiam:
Uma sombra tenebrosa perpassou pelo Congresso do PSD
De resto, o congresso foi uma irrelevância.
E nem a promoção de Moreira da Silva, que me dizem ser rapaz
jeitoso, em detrimento de Miguel Relvas, colocado no papel de falador sem
perigo, animou a massa parda do conclave. Alberto João Jardim fez o que dele se
esperava: elogiou, excessivo e congestionado,
Simpático e gracioso, tão ao gosto do que gosta, Marcelo passeou a
popularidade pela sala, proferiu umas frases inócuas, e escapuliu-se,
Santana foi à gostosa reunião para ser visto. Fotografaram-no e
filmaram-no em jubilosa conversa com Miguel Relvas. Nada de mal. Nada de
importante.
Nem o discurso final do líder, pressionado para falar dos desempregados,
possuiu a consistência das convicções. Referiu-se-lhes com uma espécie de
mensagem caritativa.
Haja Deus e haja Freud!
Deus não sei se há e admiro-me de um marxista feroz adepto do PCP o invocar
mas Freud explicaria facilmente porque é que este velhaco usa tanto adjectivo
pejorativo.
Escusam de perguntar que de maneira alguma vou dizer o nome dele.
Procurem-mo no Diário de Notícias, usa lacinho, tem hífen no nome vive num belíssimo
apartamento na Estrada da Luz pertencente à Câmara de Lisboa e que lhe foi dado
como indigente e o apelido é igual ao de um grande e honesto (é para não confundir)
guarda-redes do Benfica.
E por agora basta.
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