30 Apr 2009

Ducktail *


Honey, let's not do it this way tonight.
- It's good this way.
- I know, but I want to see your face.
No. I don't like that way.
You don't like to do it face to face?
I don't like that way. I don't like to see the face.
- You mean, never?
- No.
- But that's crazy.
- Look! You can get it doggie-style or laying on your side. This is my house and I get to say. Got it?
Sorry.


Começa assim o diálogo na noite de núpcias entre esta noiva que para fugir de uma relação tempestuosa e agressiva se deixa enredar por este noivo que mostra duas faces, o antes (cheio de salamaleques e ramos de flores) e o depois que está aí relatado.

Um dos primeiros filmes de Leonardo di Caprio, aqui com dezanove anos e que faz o papel de filho atirado para o meio daquele turbilhão sujeito à tirania implacável daquele homem, num ermo da América no duro estado de Washington onde vivem com os três filhos do antigo matrimónio.

Roberto de Niro e di Caprio compõem duas personagens em que se sente a ira entre ambos crescer minuto a minuto.
Um que nunca tinha sido contrariado, outro que nunca tinha sido dominado.
Infelizmente sendo cinema é baseado em factos reais.

Sempre me impressionou a vida de pessoas que em determinado momento sentem que caíram num buraco sem fundo e não têm ou a força, ou o arrojo ou a sorte ou na maior das vezes o dinheiro e o emprego que lhe permita fugir aquela teia.
Neste caso ela consegue.

*O título remete para o penteado dos jovens da altura. Quem viveu os 50’s sabe do que estou a falar.

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