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30 Dec 2007
27 Dec 2007
Alta Competição
Provavelmente entretido a magicar um qualquer artigo contra Rui Rio.
Hoje comentando mais um salto à vara escreve:
Este (o ex-presidente da CGD) quer ter consigo os seus e indigita um socialista, Armando Vara, funcionário do banco do Estado à data do 25 de Abril, e que neste intervalo de trinta e tal anos desempenhou cargos políticos, de deputado a secretário de Estado, terminando no actual: gestor - não criticado até anteontem - do banco do Estado.
Por aqui se vê que não lê jornais, mas felizmente Paulo Baldaia (talvez por estar em Lisboa) escreve no mesmo.
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, assumiu como sua a "responsabilidade" de ter escolhido Vara para a Caixa, mas quando ele foi escolhido para a administração do maior banco português choveram pontos de interrogação e exclamação na imprensa portuguesa.
Ninguém percebeu a razão por que um ex-caixa de uma agência bancária, tendo o cartão rosa como principal ponto do seu currículo, chegou a administrador.
Cá temos um jornal que entre os seus jornalistas consegue dizer sim e não ao mesmo tempo.
Parabéns!
26 Dec 2007
Mais 4
Não é preciso ser adivinho para acreditar que a negligência era patente. E o azar está mesmo ali ao lado. Os jornais acrescentam:
O sinistro ocorreu cerca das 7.30 horas, na zona do Barracão, freguesia das Colmeias, no IC2. Trata-se da via mais problemática do distrito onde, apenas este ano, quase meia centena de pessoas perderam a vida. A nível nacional, são já 15 as vítimas mortais registadas nas estradas, desde sexta-feira, dia do início da Operação Natal 2007.
Lê-se e não se acredita.
Numa estradita de algumas dezenas de quilómetros morrem num ano cinquenta pessoas e todos aqueles que têm poder para fazer algo mais, encolhem os ombros e dizem – é a vida!
Não venham para cá falar em velocidade excessiva ou manobras perigosas ou outras tretas do género.
Se as há e há, também há maneira de as evitar, modificando a via onde ocorre a carnificina.
Ou será preciso morrer o filho de alguém importante para virem logo a correr “tomar medidas”?
25 Dec 2007
Tussa, está morto.
É um filme de Natal.
Talvez uma parábola sobre os limites até onde devemos ir na procura de sermos deuses.
Num registo menos dramático, um apontamento sobre pormenores interessantes, revela que para ser feita uma filmagem na ponte de Brooklyn Bridge 14 agências governamentais tiveram que dar a sua aprovação.
Lá como cá e em todo o lado, burocrata é Rei.
Pode conferir tudo aqui .
22 Dec 2007
Ou há moralidade
Acho mal. Cá para mim desde que não custem dinheiro ao Estado, ou seja a mim indirectamente, quantos mais melhor.
Melhor folclore, mais colorido, mais discussões e menos hipóteses de haver painéis nas tevês a não ser que os fizessem no Campo Pequeno.
Ora o deputado também pensa que sim e que não.
Vamos ler:
E é errada a lei por duas razões. Desde logo, porque uma formação político-ideológica não se pode definir pela quantidade dos seus membros, mas sim pela defesa da sua doutrina. Haja quem professe um sistema teórico-político e deve a Democracia permitir-lhe expressão, organização e concorrência eleitoral.
Mas o problema é que foi almoçar e só depois continuou o artigo, e vai daí lembrou-se de que:
Ora, salvo melhor opinião, a lei deveria permitir toda a sorte de associações políticas (admitamos que haja restrição a certos tipos de professamento violento ou, no limite, antidemocrático).
E claro como deputado acha também:
A lei deveria, naturalmente, estabelecer parâmetros mínimos, mas muito abertos, para concorrência às eleições, em processos estritamente desenvolvidos em vista de cada acto eleitoral.
Que o pensamento do deputado seja este assim não é isso que nos deve preocupar. Afinal ele é apenas um entre muitos outros que passam, felizmente, sem qualquer relevância, pela Assembleia.
O que me intriga como pensamento é aquilo das restrições.
Por exemplo.
Fazer a saudação nazi é proibido porque o nazismo foi uma doutrina que causou a morte de milhões de pessoas e portanto esticar o braço pode ser perigoso e fazer mal à saúde. Acho bem,
Mas o comunismo também ocasionou (e continua a ocasionar) a morte de milhões de pessoas e atrocidades sem par, embora isto seja explicado em nome da libertação dos povos, que de tão libertados quase iam desaparecendo da face da terra.
Então porque é que se pode continuar a fechar o punho e cantar a Internacional?
19 Dec 2007
Adopte um também
Ele não gostou que lhes chamasse ilegais e por contraponto acha que são legais.
Ora se acha que são legais acha também que a lei que lhes chama ilegais é ilegal.
Ele dirá que não escreveu isto, só o pensou.
Eu sei que ele quando escreve o que escreve quer estar sempre do lado da lei mas aquele bichinho de esquerda que o morde por dentro nestes casos não deixa.
Ele não quer que lhes chamem ilegais e está com eles. Vamos a ver como é que vai passar das teorias aos factos.
Entretanto avança com uma ideia genial.
A imigração deixa de estar dependente do Ministério do Interior e passa para outro qualquer.
Pode passar para o Ministério da Economia porque precisamos de muitos ilegais para fazer o trabalho que os portugueses que estão no fundo de desemprego não querem fazer
E assim o ilegal deixava de o ser e passava a ser um bem, uma importação, digo eu.
18 Dec 2007
Ceci n'est pas un
A inauguração das estações do Terreiro do Paço e de Santa Apolónia, marcada para o meio-dia, estava prevista para sábado, mas foi antecipada para amanhã para permitir que o primeiro-ministro, José Sócrates, presida à cerimónia.
Esta notícia é tão insólita que provavelmente por isso apenas o Correio da Manhã a dá assim, completa.
Os outros jornais preferiram fazer uma operação de cosmética e ignoraram o facto de por Sua Excelência não poder estar entre nós no sábado milhares e milhares de pessoas puderam ter a sua vida um pouco mais simplificada.
Será que se ele se ausentasse de todo, passaríamos a viver melhor?
Porreiro, pá.
12 Dec 2007
Só visto
Á entrada pediram-me seis euros e tenho a dizer que se fosse à saída não pagava.
A exposição segundo me pareceu, pretende mostrar algumas coisitas que os Romanov tinham, como viviam e quem eram.
Tem uma dezena de peças que mereçem uma maior atenção e uns quadros a óleo de dimensões gigantescas que os retratam em toda a sua glória.
Uma das particularidades que chamou a minha atenção foi o facto de inúmeros quadros serem de autor desconhecido.
Muitas das peças mostradas eram apenas dos czares e foram feitas no estrangeiro nomeadamente no que se refere às porcelanas.
Verdadeiramente tirando uma ou duas coisas que não envergonhavam estar no Museu de Arte Antiga não vi lá nada que me fizesse ficar tão embasbacado como algumas pessoas estavam.
Para ser mesmo sincero há lá algumas coisas que salvo o terem sido de um ou outro dos czares parecem terem vindo da quarta categoria do Hermitage, assim a modos, vamos lá mandar esta traquitana para fazer número.
Parece que se gastou um balúrdio a mandar vir esta exposição e atendendo à quantidade de guardas que guardam os tesouros o preço dos bilhetes não deve amortizar nada.
Ou esta Ministra dos Museus é parola ou deve julgar que nós o somos.
Nota Final: Um desdobrável que são quatro tiras de papel com a história deles custa sete euros e meio.
10 Dec 2007
G(Ennio)
Se ainda não comprou uma prenda para aquele ser que lhe aquece o coração, derreta uns euros e compre e ofereça este magnífico DVD. Satisfação a seguir (quase) garantida.
A música é absolutamente piramidal com momentos de uma elevação que, ó crentes, fazem pensar que a felicidade está ali mesmo ao virar da esquina, e não é que pode estar?
Peço que observem detalhadamente a concentração religiosa de um e todos os interpretes cada um envolvendo-se com o seu papel e aceitando o maestro que num golpe de génio extrai de cada um o seu melhor.
Parece poesia, e é mesmo.
Tem um adicional bem apelativo.
Vozes
Na última terça-feira, sem qualquer pena minha e sem me fazer qualquer falta para usando estórias fazer Histórias, não pude ver o episódio do Dr. Furtado.
À mesma hora desenrolava-se uma grande batalha nas estepes geladas da antiga Mãe Russa.
Foi ganha pelos lusitanos.
Soube posteriormente que mais um grande vulto tinha sido chamada a dar douta opinião.
Foi ele o ex-grande jornalista Rui Cartaxana.
Eu não sei se ele conhecia bem Moçambique, mas que em Moçambique era muito conhecido é um facto.
Entre outras coisas que irei tentar encontrar na arrecadação, deu origem a estes dois livrinhos.
9 Dec 2007
Mais um
Comprou um autocarro novinho em folha e iniciou mais uma viagem.
Contratou em regime de biscate um motorista reformado que nunca tinha feito aquele percurso e que obviamente não conhecia o autocarro.
Por um azar que também pode ser chamado por outros nomes numa curva bem traiçoeira o mesmo perdeu o controlo do autocarro e despenhou-se numa pequena ravina, matando-se e matando mais dois passageiros deixando ainda três feridos em estado crítico e os outros com diferentes mazelas todas elas bem preocupantes para o futuro.
Há nesta trágica notícia um espelho do que é este país.
Os biscates dos reformados, a ganância das empresas e finalmente a ignorância em que viajam estes infelizes que supõem estar a ser transportados nas melhores condições de segurança.
Aposto que há milhentas leis que deviam ter sido cumpridas e não foram.
Espero, sem esperança nenhuma, que os responsáveis sejam chamados a Tribunal.
8 Dec 2007
Assim é que ficava bem
O dono da Líbia, um assassino confesso, passeia-se por Lisboa com uma guarda pretoriana constituída por mulheres.
É autor de um livro que constitui um fenómeno mundial. Não é vendido mas já se fizeram milhões do mesmo e salvo aqueles que serviram para acender fogueiras lá no deserto desconfio que só é lido pelas soldadas enquanto esperam pela sua vez.
Outro dia convidarem o doidinho do Irão para uma palestra numa universidade americana e claro que não querendo ficar atrás e sendo certo que dentro do cortejo de corruptos, ladrões e assassínios que este fim-de-semana povoam Lisboa este é certamente um dos mais pitorescos exemplares, logo alguém teve a mesma ideia.
Chegou-se à frente a toda a pressa o Centro de História da Universidade de Lisboa.
E falou.
Ordenou que os "colonizadores" paguem uma indemnização aos "colonizados". "Se não, vai haver mais problemas, mais terrorismo.
Ora isto parecendo brincadeira é para levar a sério.
É bom que não se esqueça que foi este assassino que organizou e pagou o atentado contra o Jumbo da PanAm que matou centena e tal de inocentes.
Segundo as notícias esperava-se que o troglodita falasse sobre educação.
Uma esperança que de tão absurda nem se percebe como chegou a existir.
Em vez disso falou sobre 11 de Setembro nos EUA e afirmou que antes de condenar os ataques era preciso procurar as suas causas.
Ora esta é uma boa notícia.
Logo que volte a casa pode começar imediatamente a procurar.
O dono da Líbia por intermédio de um dos criados também adiantou que pode vir a gastar trilhões de euros com obras lá em casa.
Este facto, associado ao estar sentado em cima de reservas de petróleo faz com que todos os governantes que precisam de dinheiro o beijem na boca.
Acontece com muitos mais.
É com isto que temos que viver.
7 Dec 2007
Não veja se puder
Por motivos que não vêm ao caso tive que assistir a assistir a dois ou três dos últimos programas.
É deprimente.
De um lado uns garotos que devem saber respostas a questões que se ensinam na antiga instrução primária e do outro um adulto que tenta descobrir as mesmas respostas.
As matérias são variadas e lastimo não me lembrar dos nomes que na novalíngua agora se dá ao que antigamente se chamava o que eram.
Os adultos portam-se como aquilo que são e que as criancinhas virão a ser.
Ignorantes em matérias básicas e muito expeditos a saberem para que serve o contentor amarelo (embora depois não ponham lá nada).
À mesma pergunta feita de maneira inversa a dois adultos (em 1734 qual é o numero com maior (menor) peso relativo) causou um terramoto naquelas cabecinhas e a resposta foi uma palermice qualquer.
Ontem uma licenciada em História não conseguiu saber quais eram as três propriedades que a água não deve ter. Sabia as que devia ter mas não conseguiu descobrir que eram o inverso.
Eu acho que a ministra dos estudos, no pouco tempo que lhes sobra a gerir os milhares de funcionários que forram as centenas de direcções que compõem o ministério pode dar uma olhadela ao programa e ficar satisfeita com a linda obra que se vê.
Agora o que eu também vi e confesso fiquei surpreendido por o Bloco de Esquerda ainda não ter visto é que os garotos que dão ajuda ao adulto são todos caucasianos, vestem roupas de boa marca e tem todos ares de serem de famílias muito bem.
Eu cá até acho bem, mas o Joaquim Furtado achará?
5 Dec 2007
Duas tolinhas
As senhoras autoridades souberam e depois de um julgamento com as tradicionais garantias que sempre há naquelas paragens resolveram dar-lhe 40 chibatadas nas nalgas.
Acho muito e muito bem.
Sempre pensei que estas
Pobres flores gonocócicas
Que à noite despetelais
As vossas pétalas tóxicas!
Pobres de vós, pensas, murchas
Orquídeas do despudor
Que nas terrinhas onde vivem eram incapazes de dar um tostão a um pobre ou de se comoveram com a desgraça dos compatriotas, quando vão todas lampeiras para o cú de judas, estão mesma a pedi-las.
Já aqui a Nini é simplesmente estupidamente loira e merece, e leva de certeza absoluta, também muitas palmadas no rabinho.
Benza-as Deus.
4 Dec 2007
Só bebo água
João Miguel Tavares é um dos maiores jornalistas vivos que por enquanto escreve no Diário de Notícias antes de se transferir, sei lá, para o Washington Post.
Hoje foi encarregado pela Panteras Cor Daquilo Que A Gente Sabe de escrever contra a publicidade da Tagus à sua miserável cerveja.
Vamos lê-lo:
Uma é desvalorizar a frase, criticar a ditadura do politicamente correcto e limpar a expressão com um tira-nódoas alegadamente democrático, que nos diz: mas se há um orgulho gay, porque é que não há-de haver um orgulho 'hetero'? É uma opção que demonstra que a estupidez é para todos e o bom-senso só para alguns.
Afinal o que é que aconteceu?
E claro que não têm álcool, pois este é muito perigoso e é por isso que João acredita que “Os responsáveis pela campanha publicitária da cerveja Tagus devem ter emborcado umas boas minis antes de sacarem das suas cabecinhas aquela ideia genial do "orgulho hetero".
João acha que há palavras que podem e não podem ser ditas. Se estiveram do lado certo, ou seja do lado do João, tudo bem, senão tudo mal. E qual é a palavra, ó crentes?
Pois está-se mesmo ver, é “orgulho”.
Ora cá está, nas suas doutas palavras:
Em segundo lugar, nestes casos o uso público da palavra "orgulho" tem uma forte conotação totalitária. Juntando um mais dois chega-se ao três: a utilização do conceito de "orgulho" por parte de uma maioria é sempre agressiva e discriminatória, porque inevitavelmente cai na exclusão do outro, do diferente. Daí o fascistóide "orgulho branco" e outros que tais.
Eu cá que tinha muito orgulho em ser do Benfica (sim, mesmo nas derrotas, seus sacanas) vou passar a usar outra palavra, não quero nada ser confundido com qualquer gay e muito menos com qualquer faxistas.
Pode ler tudo aqui
3 Dec 2007
1 Dec 2007
Vota Sim ou Sim
Mas não estavam, só estavam debaixo do seu clínico olho.
Hoje na sua crónica no expresso, abre a alma e conta-nos:
Na minha juventude, aconteceu-me trabalhar dois anos para o Estado, como consultor jurídico no gabinete do ministro da Educação….Mas, ao fim de um tempo, comecei a perceber como é que funcionava na prática o processo de decisão, ao nível do Estado…Os próprios destinatários das decisões nunca se conformavam, quando estas não satisfaziam as suas pretensões. ..E o “novo processo”, que eu já havia analisado e já fora decidido pelo ministro, aterrava-me outra vez em cima da mesa, obrigando-me a repetir o trabalho já feito.
Bem, não vale a pena estar para aqui a especular porque é que o cavaleiro mas límpido do torrão lusitano, aquele que vê iniquidades em todo o lado, demorou dois anos a perceber que estava a receber um salário que pagava uma produção igual a nada. Deve ser deste facto que o atormenta que ele, regularmente, atormenta todos os que são funcionários públicos.
O que interessa reter da sua crónica que é contra a regionalização, uma sua bandeira, é o seu conceito de eterno.
Escreve ele:
Vem isto a propósito do regresso à cena e ao discurso político dos apelos à regionalização. Para quem não se lembra, a regionalização foi derrotada por cerca de 65% dos portugueses consultados em referendo e, muito embora a votação tenha falhado por pouco a margem de 50% de votantes, que tornaria o referendo vinculativo para sempre, foi a mais participada de todas as consultas não-eleitorais. Tomara o Governo que um eventual referendo sobre a Constituição Europeia tivesse uma participação semelhante!
Veja-se este subtil discurso.
Num referendo em que, naturalmente, tomou posição, se a votação tivesse sido de acordo com os seus desejos o resultado era final, definitivo, eterno.
Não foi por não terem obtido o número mágico.
Ora Sousa Tavares, está desactualizado.
Nos referendos há muitas hipóteses de interpretar os resultados.
Por exemplo, neste último sobre o aborto, a votação do Sim não atingiu os patamares que eram necessários.
Não há problema.
O paizinho decide que vale o sim, sempre é melhor do que fazer referendo atrás de referendo até se atingir os números que o PCP e o Bloco de Esquerda queriam.
Obviamente que não passa pela cabeça de ninguém convocar outro referendo sobre o mesmo problema nos próximos cem anos.
Esta é uma ideia que o grande romancista apoia, de certeza absoluta.
Se está de acordo com os meus desejos, vale, se não está, faça-se outro e mais outro ou por outras palavras, se ganhei, deixemo-nos de falar sobre o assunto, ponto final.
Para Marina
29 Nov 2007
Estórias
1 , Islândia
29 , Portugal
102, Cabo Verde
123, São Tomé e Príncipe
150, Timor
162, Angola
172, Moçambique
175, Guiné
Muitos parabéns ao líderes nacionalistas, alguns entrevistados mais do que uma vez no programa do senhor Doutor Joaquim Furtado, por se terem livrado do fardo colonialistas e terem colocado aos suas novas nações num rumo de esperança.
Qualquer coisinha que ainda esteja mal, já se sabe que a culpa foi dos colonos que foram chutados a pontapé há trinta anos e do Salazar que morreu há quarenta.
Good evening - Goeienaand
…. e o que interessava era criar estados brancos em África, à semelhança do que os britânicos fizeram na África do Sul?
Quando li esta frase fiquei estarrecido.
Mas depois percebi que após o glorioso 25 de Abril foi ministrado um conveniente ensino que aproveitando os ensinamentos dos vários livrinhos vermelhos ensinou a ver, em vez da História, estórias muito convenientes.
Aliás, se nos detivermos um pouco no concurso que a RTP agora transmite verificamos que é mais oportuno ensinar às criancinhas para que serve o contentor amarelo do que dizer-lhes que já tiveram grandes heróis que desbravaram Mundos.
Acredito que dentro de duas gerações não vai haver um Português que saiba quem foi o Vasco da Gama e se mesmo assim ainda houver alguém que tenha essa curiosidade, logo lhe vai ser dito que era um senhor colonialista que foi pôr em desacato povos que estavam muito sossegados.
Voltando à questão inicial, e pedindo desculpa de copiar e por além disso ser extenso transcrevo uma entrada na Wikipédia.
A África do Sul foi “descoberta” por Bartolomeu Dias que, em 1488, aportou à Ilha Robben, ao largo da actual Cidade do Cabo, na sua abortada viagem para a Índia. A ilha foi, durante muitos anos, utilizada por navegadores portugueses, ingleses e holandeses como posto de reabastecimento e, como nessa época, a região era habitada por povos Khoisan, Xhosa, Zulu e vários outros, em 1591 um grupo de Khoikhoi, cansados das práticas comerciais desleais dos europeus, atacou a Ilha Robben. Como não tinham nada que superassem as armas de fogo dos europeus, foram derrotados e deixados na ilha sem comida, nem água. Estes foram os primeiros prisioneiros da Ilha Robben.
Em 6 de Abril de 1652, Jan Van Riebeeck, da Companhia Holandesa das Índias Orientais, promoveu a colonização da região e fundou a Cidade do Cabo no extremo sul do continente, no sopé da Montanha da Mesa.
Durante os séculos XVII e XVIII, a Colónia Holandesa do Cabo viu chegar e instalarem-se calvinistas, principalmente dos Países Baixos, mas também da Alemanha, França, Escócia e doutros lugares da Europa. Estes calvinistas não conseguiram “disciplinar” os khoisan para as suas actividades agrícolas e quase os exterminaram nas guerras conhecidas como “Guerras do Desconhecido” (“Cape Frontier Wars”). Então, começaram a importar escravos da Indonésia, de Madagáscar e da Índia. Os descendentes destes escravos e dos colonos passaram a ser mais tarde conhecidos como “malaios do Cabo” (“Cape Coloureds” ou "Cape Malays"), chegando a constituir cerca de 50% da população da Província do Cabo Ocidental.
Os ingleses ocuparam a Cidade do Cabo em 1795, durante a Guerra Anglo-Holandesa. Depois de breve período de domínio holandês entre 1803 e 1806, a cidade tornou-se capital da colónia britânica do Cabo.
Com a abolição da escravatura em 1835, levantou-se uma disputa sobre a compensação que o governo britânico devia dar aos colonos pela libertação dos escravos e então muitos deles – que passaram a ser conhecidos como “Voortrekkers”, os “Viajantes” - começaram a explorar e colonizar o interior da África, num movimento que ficou conhecido como “The Great Trek” (a grande viagem) e fundaram as suas próprias repúblicas, o “Estado Livre de Orange” (“Orange Free State”, actualmente uma das províncias da África do Sul) e o “Transvaal” (a “terra para além do rio Vaal”) que, em 1857 se auto-proclamou República Sul-Africana. A incursão Voortrekker para a zona costeira do Natal foi repelida pelos Zulus comandados por Dingane (irmão, herdeiro e, mais tarde, responsável pela morte de Shaka). O império Zulu foi mais tarde conquistado pelos britânicos na Guerra Anglo-Zulu.
As Guerras Boers
A descoberta de diamantes em 1867 e de ouro, em 1886 aumentou a riqueza dos colonos, que continuavam a imigrar para a África do Sul e intensificou a sujeição dos nativos. Os boers (ou bôeres) resistiram aos britânicos na Primeira Guerra dos Bôeres (1880-81) e uma das razões foi o facto destes colonos usarem fardamento cáqui, que é da cor da terra, enquanto os britânicos usavam uniformes de cor vermelha, tornando-os alvos mais fáceis para os atiradores boers.
A Segunda Guerra dos Bôeres teve a oposição do Partido Liberal no parlamento britânico, que a considerava, não só desnecessária, mas também um desperdício de fundos, mas as enormes reservas de ouro e diamantes presentes nas Repúblicas Boers levaram os “Tories” a avançar com a guerra. A tentativa dos boers de conseguirem apoio dos alemães do Sudoeste Africano deram aos britânicos mais uma razão para controlar as Repúblicas Boers. Os britânicos mudaram de táctica, depois do fracasso do “Jameson Raid”, lançado contra o Transvaal a partir da vizinha Rodésia por forças irregulares alinhadas com o rico comerciante de diamantes e Primeiro Ministro da Colónia do Cabo Cecil Rhodes. A Segunda Guerra Boer deu-se entre 1899-1902, quando as tropas britânicas já não usavam os seus uniformes vermelhos. Os boers resistiram com tácticas de guerrilha, usando o seu conhecimento superior da terra, mas os britânicos venceram-nos pela força do número e pela possibilidade de organizar mais facilmente os abastecimentos.
Os britânicos encarceraram grandes números de civis bôeres, junto com os seus trabalhadores negros, sem alimentação suficiente, nem cuidados médicos e queimaram as quintas e as colheitas, num esforço para estancar a guerrilha boer. Os guerrilheiros voltaram-se então contra as povoações dos nativos, antagonizando-os e forçando os boers a lutar com eles, para além dos britânicos. Muitos afrikaners, chamados pejorativamente “colaboracionistas” ("joiners") ou “derrotistas” ("hensoppers", em afrikaans, ou “hands-uppers”, em inglês) pelos outros afrikaners (os "bittereinders", em afrikaans, ou “bitter-enders”, em inglês, ou seja, “os que preferem o fim amargo”), pensaram que era altura de enctrar num acordo com os britânicos. Após prosseguirem com a resistência por mais um ano, os “bittereinders” finalmente perceberam que a nação boer seria completamente destruída se eles persistissem e assinaram um tratado de paz com os britânicos em Pretória, a 31 de Maio de 1902, o Tratado de Vereeniging.
O Tratado de Vereeniging especificava que o governo britânico era soberano das repúblicas boers e assumia a dívida de guerra de três milhões de libras dos governos afrikaners. Os súbditos holandeses ficavam com um estatuto legal especial, uma vez que o afrikaans ainda não era reconhecido como língua distinta. Outra provisão do tratado era que os negros não teriam o direito de voto, excepto na Colónia do Cabo. A administração britânica ainda tentou a "anglicização" dos boers através da educação obrigatória em inglês, mas o plano apenas resultou em ressentimento por parte dos boers e foi abandonado quando os Liberais tomaram o poder na Grã-Bretanha, em 1906. Foi por volta desta altura que o afrikaans foi reconhecido como uma língua distinta do holandês, embora não a tenha substituído como língua oficial até 1926.
Ou seja há mais de cem anos que a República da Africa do Sul de inglesa só tem o pertencer à Comunidade. Em tudo o resto sempre foi uma nação independente e muito orgulhosa de ter um índice de vida centenas de vezes superiores a qualquer outra nação africana. E já agora acrescento que os negros, mesmo no tempo do apartheid tinham um nível de vida incomparavelmente melhor que quaisquer outros negros do continente.
Foi por essa razão que quando houve as mudanças que se sabem os brancos não foram para sitio nenhum.
Eles, na verdade, só tinham um sítio onde estar.
Ali, que era a sua Pátria.
28 Nov 2007
Não perca
27 Nov 2007
Vejo!
Gostos.
Dentro da famosa crónica vem também este naco:
Por uma vez, a nossa habitual diplomacia de não fazer ondas com ninguém até teve razão de ser. Por que razão, de facto, haveríamos de ter Chávez como inimigo ou alvo a abater? Porque isso agradaria ao embaixador dos Estados Unidos em Lisboa? É ele que está em condições de garantir que, se hostilizássemos Chávez, em nome de uma estúpida solidariedade ocidental de espécie confusa, os Estados Unidos estariam de braços abertos para acolher a comunidade lusa de 400.000 almas que vive na Venezuela? E em nome de que coerência de princípios disse Luís Filipe Menezes esperar que Sócrates não deixasse de “abordar o tema dos direitos humanos” com Chávez? Será que espera o mesmo nas relações com Angola ou com a China - essas, sim, verdadeiras ditaduras - onde o bloco central dos empresários tem ou espera vir a ter negócios milionários, garantidos pela cobertura do Estado e por relações sem ondas com as nomenclaturas locais? O dr. Menezes sente-se capaz de explicar ao sr. Américo Amorim que, se um dia for primeiro-ministro, vai pôr o tema dos direitos humanos no topo da agenda das relações com Angola?
Tavares não gosta da actual América, não gosta de Bush, não gosta dos não fumadores, não gosta dos não caçadores, não gosta de presidentes de Câmara, não gosta de construtores civis, não gosta de Pulido Valente, não gosta de empresários de sucesso, não gosta dos políticos, (bem vá lá Sócrates leva um miminho pequenino), não gosta de automobilistas que não guiam tão bem quanto ele, não gosta do Pinto da Costa (aqui finalmente acerta), não gosta de ver gente nas praias que frequenta, na realidade Tavares só gosta de Tavares.
Neste pequeno apontamento Tavares mostra que aprendeu pelo menos uma coisa.
Estes futuros retornados da Venezuela devem ter um tratamento de excepção e evitar que o sejam o que não foi reservado aos retornados de Angola e Moçambique.
Valha a verdade que para Tavares estes não eram retornados eram colonos.
E agora até ele vê, que aqueles novos países que com tanto orgulho os senhores capitães pariram, são afinal umas ditaduras governadas por um bando de gatunos de alto coturno.
Todos os dias há menos um cego.
23 Nov 2007
Sai um micróbio prá mesa do canto
É provável que goste da posição.
E vai daí hoje , acha-se naturalmente autorizada a insultar os juízes dos tribunais de Trabalho e da Relação sobre o acórdão que os mesmos proferiram no chamado caso do cozinheiro.
FC não consegue compreender que um Juiz decide mediante o que vem no processo, e lá muito bem escrito vinha que não há uma certeza a 100% de que não se possa transmitir o vírus através de sangue, suor ou lágrimas.
FC não consegue compreender que uma coisa é um indivíduo com SIDA a trabalhar num escritório outra é um cozinheiro a trabalhar directamente sobre o salpicão de que ela gosta.
Eu, já o disse noutros sítios, se soubesse que um restaurante tinha ao seu serviço um empregado com uma doença contagiosa, não punha lá os pés.
Quem é que quer ir jantar a um lugar onde trabalha um indivíduo com uma tuberculose com SIDA ou com outro virus qualquer contagioso ?
Provavelmente só a FC.
Agora acontece que ela deseja que o cozinheiro cuspa na sopa do Juiz.
Eu por mim, só desejo que ela depois de comer uma salada feita por um doente com SIDA não chore lágrimas de sangue.
21 Nov 2007
Vamos lá, cambada!
É claro que vamos ser apurados para o Campeonato da Europa de 2008.
Agora é altura de dizer uma coisa.
Esta campanha de qualificação foi do mais paupérrimo que se possa imaginar.
Num grupo de qualificação onde só havia terceiras divisões europeias chegamos ao jogo decisivo a gritar pela Virgem Maria.
Não houve em toda a campanha um jogo de encher o olho.
Foi tudo à rasquinha e com alguma ajuda dos senhores árbitros.
Esta selecção está cheia de estrelas.
Alguns pensam mais no corte de cabelo, nos anúncios ou em sair à noite do que em simplesmente jogar à bola.
Scolari não tem culpa nenhuma.
Ele bem queria mas o Liedson só pode ser naturalizado para a próxima semana.
Pode ser que convença também o Ronaldinho.
Força brasucas, os tugas agradecem.
20 Nov 2007
Habla usted?
La guapa Fátima demandava a los uns e los outros muchas coisas.
Eu cá entretido a ver no Blasfémias la discussion de el cocinero que podia verter lácrimas del sangre sobre el bife no há percebido niente.
As legendas também não ajudavam.
Viva la España !
PS.
19 Nov 2007
Uma cabeça, dez votos
Muito brevemente Daniel Oliveira vai abandonar o país.
O motivo é muito simples, está aqui:
"Hugo Chávez: Presidente da Venezuela. Ganhou duas eleições. Não gostam? Peçam a nacionalidade venezuelana e votem nas próximas"
Depois de nos ensinar o que fazer, ele vai fazer.
Como sabemos, Daniel Oliveira não gosta de Bush. Aliás ninguém gosta de Bush excepto os milhões de americanos que o elegeram.
E aproximam-se novas eleições e está mesmo a ver-se que os americanos podem voltar a fazer asneira.
E qual é a asneira?
Ora é não votarem no candidato de Daniel Oliveira (que eu não digo qual é, pois já basta a publicidade que ele lhe faz) e portantos o nosso herói vai para os states para ensinar os cóbóis a votar e votar ele mesmo.
Agora a boa notícia, penso eu de que.
Vai voltar.
17 Nov 2007
Katarina disse... Parte II
Registo duas coisas, a primeira o tom mais cordial com que me interroga, a segunda é que não respondeu à minha questão.
Mas isso não tem importância, porque respondo-lhe com toda a franqueza.
Discriminação baseada em raça, credo, condição social ou económica, existiu, existe e existirá.
Por muito que isso nos custe admitir todos nós já a fizemos e faremos.
Vou fazer aqui um aparte para lhe esclarecer que os capitães não quiseram acabar com colonialismo nenhum que aliás já não existia em 74. O que eles quiseram foi acabar com um decreto-lei que os prejudicava nas carreiras.
E aliás os ditos nacionalistas também não aspiravam a nacionalismo nenhum.
Bebendo no livrinho vermelho, mal se apanharam no poder trataram de eliminar rapidamente os companheiros da aventura e colonizar para as suas contas bancárias tudo aquilo a que podiam deitar a mão.
Os factos estão aí para o demonstrar.
Assim a minha resposta só pode ser uma.
Brancos, pretos, indianos, mulatos, chineses são todos diferentes e aliás nem eles, entre eles se querem igualar.
Para mim o que conta é a pessoa em si.
Tive belos amigos em todas as raças (uma palavra maldita) excepto nos chineses que formavam uma comunidade fechada.
Na cidade onde mais tempo vivi a integração era total e algumas das pessoas mais populares não eram brancas ou melhor dizendo caucasianas.
Há mitos que tantas vezes ditos passam a verdades.
E há verdades que agora podem começar a ser sussurradas mas em 75 podiam levar à cadeia (e levaram).
15 Nov 2007
Katarina disse...
Se nunca partiu um coco com uma catana debaixo do coqueiro e bebeu a sua água, é muito difícil que alguém lhe explique ao que sabe.
A série de episódios que corre na RTP onde se pretende mostrar porque é que a guerra dita colonial começou tem um defeito que era impossível de contornar.
Tem uma visão particular que num caso que é político teria que ser de esquerda ou de direita.
O realizador imprimiu ali a sua marca ideológica.
Qual ela é fica ao critério de quem vê a série.
De mais a mais sabe-se que se nos colocarmos no lugar certo, entrevistarmos as pessoas certas com as perguntas certas, obtemos as respostas que desejamos.
É o que está a ser feito.
O último episódio pretendeu mostrar que em 1950 havia colonialista, havia separação entre negros e brancos, havia assimilados e outros horrores do género.
Joaquim Furtado podia ter recuado um bocadinho mais e vir mostrar-nos os barcos de escravos negros com as grilhetas ao pescoço.
Dava muito mais colorido.
Ninguém nega que o colonialismo existiu, foi um momento da história da humanidade com a sua parte boa e má como tudo o que tem acontecido.
Fazendo um paralelo é o mesmo que considerar que a guerra contínua entre Israel e os seus vizinhos é o resultado das cruzadas.
A guerra em Angola começou em 61 e em Moçambique em 64.
Em 1974 os senhores capitães entregaram os dois territórios.
Nessa altura as condições de vida não tinham absolutamente nada a ver com aquilo que o documentário mostrou.
Não cabe aqui fazer o relatório do que Moçambique era, mas posso dizer-lhe que tinha a maior plantação de cana-de-açúcar do Mundo, o maior palmar do Mundo e uma das maiores plantações de chá do Mundo, tinha uma universidade, vários liceus e a integração racial era total.
Hoje não tem nada e, claro, a culpa é do Salazar.
Quem sabe isso muito bem é um jornalista que escrevia lá no Notícias de Lourenço Marques, morava no prédio Avenida por cima do Café Avenida, escrevia reportagens fabulosas sobre a actuação das nossas tropas (preferia os pára-quedistas) e todos os dias escrevia uma loa sobre o governo quer da Província quer da Nação.
Chamava-se Guilherme José de Melo.
Onde é que ele andará?
E para terminar.
Os meus filhos nasceram lá, mas para si aposto que são colonialistas.
E assim eu pergunto-lhe, uma vez que tanto gosta de perguntar.
O que é que são os filhos dos africanos que vieram para aqui?
13 Nov 2007
Força Kamarada
Ele não quer que isso se saiba mas, prontos, está dito.
Hoje escreve com aquele olho esquerdo sempre aberto sobre o puxão de orelhas que o Rei de Espanha deu ao Imperador da Venezuela.
Para ele os insultos que o Imperador ia fazendo avulsamente a quem não estando presente não se podia defender são de elogiar.
E ele imagina o que é que seria
se Juan Carlos tivesse mandado calar um primeiro-ministro ou Presidente português, mesmo que se tratasse do mais impertinente e cabotino dos espécimes? Qual seria a reacção dos brasileiros, se Cavaco mandasse calar Lula?
Ora por este pedaço se vê porque é que um dia vai ser preciso fechar a Internet.
É que, antigamente os senhores jornalista podiam escrever tudo e nunca se lhes podia responder.
Agora é diferente e assim pode-se perguntar que raio de estúpidas comparações o senhor de esquerda que por acaso é jornalista foi escolher.
De tão absurdas qualificam a sua inteligência.
E ele continua porque
Juan Carlos não está isento de telhados de vidro: ainda há poucos meses foi suspensa a edição de uma revista que publicara uma caricatura desfavorável à Casa Real espanhola, e seguiu-se logo depois a polémica dos jovens levados a tribunal por terem queimado fotografias do Rei.
Tavares não consegue perceber que o Rei simplesmente recorreu a Tribunais para impedir aquilo que eu pessoalmente me sentiria ofendido se os visados fossem os meus Pais ou os meus filhos.
Tavares não pensa assim.
12 Nov 2007
Vêm um pano vermelho
Lê-se de borla aquilo por que não pagávamos um cêntimo para ler.
Está neste caso o Jornal de Notícias. Um jornal lido e comprado por muita gente mas que para mim tem o defeito de ser feito no Norte para o Norte.
Ontem Paulo Baldaia, chefe de redacção, resolveu escrever à balda(ia) sobre a Igreja.
Ora o moço, não é cristão, não vai à missa, não vai à bola com a cristandade mas acha que pode falar daquilo que não sabe.
Estão a ver o Paulo Bento a escrever sobre física quântica.
Pois é a mesma coisa.
Gatafunha ele:
O líder da Igreja Católica - cardeal Ratzinger, rebaptizado Papa Bento XVI - recebeu na sede do Império (Vaticano) os bispos portugueses e parece que lhes passou um raspanete. "Novo estilo", "Nova mentalidade", escreveram na primeira página vários jornais, dando conta das mudanças requeridas pelo chefe da multinacional católica para a sua filial portuguesa.Livres de dogmas, olhando com respeito para a instituição Igreja, nada nos impede de perceber que o problema do Vaticano é que em Portugal - como de uma forma geral no mundo inteiro - há cada vez menos padres, menos seminaristas, menos baptizados e menos pessoas na missa. Ou seja, menos negócio.
A primeira coisa que se deve dizer, é que ele, coitado, não tem culpa.
A educação bebe-se no berço, não lha deram, ficou apto a escrever em jornais do Norte.
Por acaso, por um golpe de sorte, João César das Neves escreve sobre o mesmo assunto e quase que parece que por uma inspiração divina responde-lhe antecipadamente.
Vamos ler:
A Igreja tem em Portugal uma vastíssima acção social, com enormes benefícios para toda a comunidade. Na saúde, educação e imprensa, no património, animação cultural e assistência, no combate à pobreza, solidão e doença, nas prisões, hospitais, forças armadas, nas capelas mortuárias e cemitérios. A esmagadora maioria das IPSS, creches, ATL, centros de dia e jornais regionais pertencem à Igreja. Uma enorme percentagem das escolas privadas, clínicas, grupos culturais, apoios domiciliários são animados pelos cristãos. Houve tempos em que a fé era simplesmente a vida, sem se dar pela diferença. Hoje, que gostamos de contabilizar essas coisas, a influência da Igreja é literalmente incalculável. Apesar disso, provavelmente por causa disso, a animosidade contra a Igreja permanece palpável, sobretudo em certas épocas.
Realmente o problema é números.
Aqui o jornalista do norte acertou sem saber.
Quase que aposto que um dia vai ser ajudado por um destes anónimos números.
Nesse dia vai converter-se.
Até Judas, se tivesse tido necessidade de um lar de terceira idade, o teria feito.
9 Nov 2007
Outras Gentes
Orgulham-se dos seus mortos e respeitam-nos.
No último episódio da Guerra no Ultramar podemos ver imagens ensurdecedoras da tomada de Nambuangongo e Pedra Verde dois dos muitos momentos em que as tropas portugueses ultrapassarem em valentia tudo aquilo que era humano esperar-se.
São hoje olhados de lado como perigosos fascistas que defendiam os colonos.
Os colonos foi uma palavra que Joaquim Furtado, um jornalista isento a quem não se pode apontar uma palavra de apreço por teorias de esquerda, empregou trinta e sete mil vezes.
Havia famílias constituídas por três gerações, mas para Furtado é tudo igual.
São todos colonos.
Aqui e agora os descendentes de africanos também são colonos?
5 Nov 2007
4 Nov 2007
Hip Shoot
Carla Hilário Quevedo.
A maior cronista viva, teve um azar recentemente.
Durante três semanas ficou sem o seu popó e teve que andar nos transportes públicos.
Carla, desde a puberdade, que não se misturava com o povinho e só conhecia a vida através do The New York Times ou The Yale Review ou da Elle, em francês, claro!
Nas suas palavras “não houve um único dia nestas três semanas de contacto com a vida real – uma profunda chatice sem nenhuma alegria – em que não assistisse a pelo menos uma cena de brutalidade ou má-criação ou chantagem entre mães e filhos”.
Pois é uma pena que volte lá para o castelinho pois podia ter a oportunidade de ver uma cena como a que a seguir se descreve passada no Texas, perdão na linha de Sintra.
Cerca de 40 indivíduos tentaram ontem, pelas 17h15, entrar no comboio sem pagar, na estação de Monte Abraão, concelho de Sintra, tendo entrado em confrontos com a PSP,
O bando com cerca de 40 indivíduos de raça negra, que segundo testemunhas estavam alcoolizados, tentaram invadir a esquadra da estação ameaçando os polícia com garrafas.Valeu-lhes a ajuda dos elementos da Equipa de Intervenção Rápida que, à bastonada, conseguiu dispersar o bando.Nos confrontos um polícia foi agredido, tendo sofrido ferimentos num dedo, e um dos elementos do bando foi transportado ao hospital por se ter ferido numa queda, disse ao CM o oficial de serviço ao COMETLIS.O CM apurou que pelas 17h45 a PSP conseguiu dispersar o bando, tendo realizado duas detenções.
Correio da Manhã
Seguem-se alguns comentários de populares que, claro está, não representam nada, não correspondem à verdade oficial, têm aquele defeito de que não se pode escrever o nome e que apenas têm o azar de não ter o popó da Carla e viajarem nos comboios.
Paulo Ko
Coitados (os do Bando), eu até os compreendo, pois sentem-se marginalizados e injustiçados pela sociedade etc., é realmente lamentável. Ainda bem que a policia não magoou ninguém senão tinham que preencher montes de papelada. Penso que devia haver um subsidio para este género de bandos, assim como t-shirts com publicidade diversa e álcool à descrição claro...
Manuel Silva
Para este tipo de comportamento, devia se responder na mesma moeda ou seja: detenção e expulsão do país. Os nossos governantes dão tudo e mais alguma coisa aos imigrantes e depois tem como agradecimento, actos de vandalismo, agressões, roubo, assaltos, etc.
Paula
É lamentável, e depois chamam racistas a quem critica vivamente este tipo de situações a Autoridade Nacional (estado) perdeu o controlo e já não á volta a dar-lhe, será uma questão de tempo temos iremos ter um pais onde há ricos e muito pobres, os policias não se organizaram, estão mal pagos etc... não espanta que não queiram arranjar problemas para eles e para as suas famílias eu fazia o mesmo.
Ana Alves
Coitadinhos. São diferentes dos outros não queriam pagar bilhete. Marginalizados? Eu é que sou marginalizado que pago bilhete e impostos e estes tipos nada ainda recebem rendimento mínimo sem fazer nada e por cima é o que se vê. Bastonada em cima é o que eles precisam.
Vitor
Aos anos que isto acontece...há mais de 10 anos. É a bela maneira de integração dos imigrantes que "gostam" tanto do nosso país. O SOCRATES MAIS O RESTO DA PANDILHA, é que deveriam andar nessa linha de Sintra e passear na Cova da Moura, mas sem escolta atrás, iam ver o que era bom para a TOSSE. PAIS 3º MUNDO O MEU.
3 Nov 2007
Paulo Jorge Lourenço Batista
O FCP ia a caminho de uma nova glória, quinhentos jogos só com vitórias e já tinha oito.
Ontem estragou-se esse lindo sonho.
No entanto este homem fez tudo o que podia e ajudou a marcar o primeiro golo.
Não chegou, paciência.
Já outro senhor com o mesmo equipamento tinha feito o mesmo no jogo anterior.
É preciso que os jogadores se convençam que não podem ser eles a estragar o sonho que estes ajudam a construir.
1 Nov 2007
A namoradinha de Portugal
Parabéns.
Foi ter o filho ao Hospital da Luz.
Parabéns.
Numa desenvolvida reportagem no Correio da Manhã, ficamos a saber que para João Reis “foi um momento mágico”.
Nas palavras de Catarina “nasceu um príncipe” e ficamos ainda a saber que tem mais cabelo que a irmã.
O nome foi escolhido apenas depois do parto porque “só o escolheríamos quando víssemos o bebé e aquele nome era o que melhor encaixava na cara dele”.
Chama-se João Maria.
Foi um grande espectáculo.
Catarina actuou, Reis esteve ao lado, os pais da artista acompanharam o processo atrás de um vidro.
Vai dar qualquer dia numa televisão perto de si.
30 Oct 2007
29 Oct 2007
Pode ser verdade
26 Oct 2007
Honra a quem merece
25 Oct 2007
Preencha a gosto
Uma vez que os casos Joana I e Joana II estão em banho-maria e só se espera que Moita Flores anuncie os criminosos quando se fizerem os seis meses é preciso encher os telejornais.
As afirmações do Watson num país que nunca foi racista (excepto a D. Edviges cujos vizinhos de cima são angolanos e gostam de dançar) não dão para nada.
E aliás acho que ele até já foi queimado vivo.
O apito dourado, o caso Casa Pia só interessam quando houver culpados e nessa altura a televisão já é em três dimensões.
Era também engraçado saber-se porque é que o senhor doutor Sá Fernandes nos últimos tempos não lançou nenhuma providência cautelar, mas é assunto tabu.
Tabu é também aqueles episódios sobre a Guerra no Ultramar.
Devagarinho já lá vai a caminho da esquerda.
O segundo episódio parecia feito pelo SNI.
Só houve tempo para ouvir um dos lados da versão, é o problema dos orçamentos.
Assim resta-nos o Assunto.
Que é o referendo sobre o Tratado de Lisboa.
Aquela coisa que vai ser assinada em Dezembro e que, aposto, só umas vinte pessoas em todo o mundo vão ler.
Mas mesmo assim há uns partidos que querem que os portugueses digam se o leram ou não.
São sempre os mesmos e não sou eu que lhes vou fazer publicidade.
Qual é a minha posição?
Muito fácil, se houver refendo não tenciono por lá os pés, e não deve estar mal acompanhado nesta ideia, penso eu.
Paulo Baldaia do Jornal de Notícias ainda é mais categórico.
Escreve:
Eu sou dos que consideram que não é preciso referendo, mas apenas porque acho que os portugueses não o merecem. Se não cumpriram a obrigação nos três referendos anteriores - dois sobre o aborto e um sobre a regionalização - que lhes diziam directamente respeito, por que razão haveriam agora de poder decidir por todos os povos da União Europeia? É que sem a ratificação de um só país que seja não há tratado.
Apoiado.
23 Oct 2007
Cores
Fez muito mal e já foi amplamente criticado, despedido e quase queimado vivo por esta heresia.
Se por acaso tivesse dito que Bush é mais estúpido que um dromedário, o que todos os dias milhares de pessoas dizem por aí, isso teria sido elogiado e comentado como uma prova de viva e fina inteligência, afinal uma redundância porque Watson é branco.
Sobre o paralelo deste assunto Santana-Maia Leonardo produz hoje uma opinião, que pela sua clareza e por se tratar de uma página não acessível merece ser transcrita, o que se faz pedindo licença:
James Watson, Nobel da Medicina em 1962, um dos homens responsáveis pela descoberta da estrutura molecular do ADN e precursor da genética, escandalizou o mundo ao afirmar recentemente, numa entrevista, que acredita que os negros são menos inteligentes que os brancos. Francamente não sei se são ou não, nem tão-pouco isso me tira o sono. Mas se isso for verdade, do ponto de vista científico, significa que anda por aí muito preto disfarçado de branco e muito branco disfarçado de preto.Apesar de não acreditar na teoria, as reacções que suscitou deu, pelo menos, para ver como Galileu se terá sentido quando, no século XVI, pôs em causa o que vinha escrito nas sagradas escrituras. Todas as épocas têm os seus dogmas e as suas sagradas escrituras que condicionam fortemente até os próprios homens da ciência. Se hoje, por exemplo, um cientista descobrisse qualquer coisa que distinguisse, intelectualmente, as raças ou os sexos, o melhor era guardar a descoberta para si, caso contrário era atirado para a fogueira. Mas se professar publicamente a igualdade das raças, tornando pública a indignação ao mais leve sinal de racismo, faz hoje parte do roteiro obrigatório do politicamente correcto, a verdade é que quem professa esta cartilha esconde, em regra, algum racismo que tem vergonha de assumir. Por exemplo, a forma como os nossos governantes se disponibilizam para receber o criminoso Mugabe e a forma condescendente como lidam com os ditadores africanos indiciam claramente que partilham a tese de James Watson, se bem que também não sejam os brancos mais capazes para a comprovar. Com efeito, é óbvio que se Mugabe fosse branco, o nosso Governo não teria, para com ele, a mesma condescendência e benevolência. Mas, como é preto, dão-lhe o benefício da tese de Watson. Ou seja, tratam-no com a mesma condescendência com que se lida com os inimputáveis ou com aqueles que têm algumas limitações intelectuais. A recepção a Mugabe é a melhor demonstração de que o nosso Governo é racista. E se eu fosse Mugabe, sentia-me francamente ofendido.
Mas claro em tudo há sempre o elefante que entra na loja de porcelanas e que neste caso é personificado pelo sempre omnipresente José Vítor Malheiros que resolve comentar á sua peculiar maneira introduzindo a hipótese de os naturais da Covilhã ou de Faro serem menos inteligentes que os outros tugas.
Ora Malheiros parece nunca ter ouvido uma anedota sobre alentejanos porque se assim fosse tinha tido mais cuidado na comparação.
Atente-se ainda assim na pérola do seu raciocínio
As declarações de Watson não têm nada de "científico", nem nascem de "dados científicos", nem nenhum estudo científico as pode dourar a anteriori ou a posteriori …E, se derivassem de um "estudo científico", continuariam a ser civicamente inaceitáveis, porque nem o estudo seria justificável nem as conclusões seriam utilizáveis.
Temos pois que o senhor jornalista, como aliás seria de esperar, não sabe se o que o Nobel diz pode ser científico, mas sabe que se fosse nunca devia ser publicado.
É por isto que ele acha que os negros que dominam o basquetebol nos States não é por o serem mas, sei lá, porque gostam de usar calças de ganga.