Talvez apareçam lá para o Natal, são filmes para a época.
No primeiro um garoto, que por azar era o mais pequeno da terreola sendo por isso a vítima preferida, vê partir o pai para a guerra.
Também era um entusiasta por um herói de quadradinhos, um mágico que replicando a personagem também era real e um dia aparece na vila para um espectáculo.
Como sempre acontece há o momento do truque com um espectador.
É ele o escolhido e a partir daí acredita que com as mãos (e muito espremer do corpo) consegue mover tudo e todos.
E assim procura virado para o mar da Califórnia trazer o pai, prisioneiro no Japão, que está mesmo ali em frente.
Há ainda muita mais coisa, incluindo o drama dos japoneses que viviam há longo tempo na América e que passam a ser olhados como inimigos.
Nada que nos seja estranho.
No segundo Robin Williams um atormentado sexagenário, adorando a mulher mas vivendo vidas separadas, não resiste mais e resolve seguir o que o coração lhe dita.
É homossexual.
Não há palavras para descrever a prestação dele neste filme.
E não há, porque ele não representa.
É ele próprio com tudo o que o atormentava na vida real, quaisquer que fossem as suas angústias.
Foi o último filme.
Resolveu partir.
Que esteja em paz, aquilo que certamente não encontrou entre nós.
Não percam ambos.