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7 Jul 2006
4 Jul 2006
La France, demain
E com um pouco de sorte até verão aquilo que o outro está a ver, ainda que ele nada veja.
E o que é que se está já a ver?
Pois muito bem, a extrema-direita francesa comandada pelo Le Pen
varrerá das avenidas os tugas que se atrevam a comemorar a vitória na Alemanha dos lusitanos sobre os mesmos franceses.
Mas será assim?
Há aqui também um problema que é a existência da novalíngua (como Orwell muito bem previu).
Deixou de haver negros. Passou a haver afro-europeus.
Os passadores de droga passaram a “oriundos de famílias desestruturadas”.
As empregadas de limpeza a auxiliares de educação escolar.
Os bandalhos, delinquentes e especialista de roubo por esticão até aos dez anos passaram a ser crianças em perigo, daí para a frente passaram a ser jovens.
Assim o que aconteceu em França com a célebre revolta dos subúrbios onde centenas de carros foram vandalizados passa a ser lido como:
“Perante a arrogância policial, um pequeno grupo de afro-europeus acompanhados de algumas crianças e jovens desestruturados revoltou-se contra a sociedade que não lhe arranja empregos”
Amanhã pode ser este o panorama.
Meter aqui Le Pen, é meter a cabeça na areia.
“Que fazem os nossos políticos, que fazem os nossos polícias, que fazem os nossos juízes?, interrogava-se o malogrado Christien Jen (em La guerre des rues – La violence et les “jeunes” – Plon 1999).
…
graças, em particular, aos homens competentes que estão à frente da segurança pública, os nossos dirigentes não podem ignorar a ameaça de caos que a pequena e média delinquência, as agressões e os motins urbanos fazem correr ao nosso país. Todavia, não retiraram daí quaisquer consequências”
in Tolerância Zero – Georges Fenech – Editorial Inquérito (2001)
Nepal
3 Jul 2006
Show me the money
Casa de Betty Grafstein e Castelo Branco recebeu apoio camarário para obras em 1999
No Público de hoje lê-se que este simpático casal recebeu em “meados de 1999, ao tempo da gestão da socialista Edite Estrela, que Betty Grafstein uma comparticipação municipal de 1.635 contos (8.157 euros) para as obras de conservação na casa das Escadinhas do Visconde de Ouguela. O imóvel, no acesso ao centro histórico e na freguesia de São Martinho, foi comparticipado ao abrigo do programa de conservação e restauro de edifícios Coresintra. O pedido dera entrada na autarquia em Setembro de 1998 e estimava o total da recuperação de coberturas e fachadas, que terá ficado concluída nesse ano, em 8.429 contos.”
Mas a casa é enorme e continuou a precisar de obras para guardar a coleçºao de sapatos e outras miudezas do Zé e assim se bem o pensaram melhor o fizeram e “Betty Grafstein voltou a candidatar-se ao Coresintra em 2004, para a mesma casa, mas o processo não teve logo andamento. Só em Maio passado, com as obras em ritmo avançado, o gabinete dos Centros Históricos concluiu a avaliação da candidatura. Segundo o orçamento dos serviços, o total dos trabalhos de fachadas, carpintarias e cobertura ascendem a 202 mil euros. Na informação refere-se que a comparticipação "é de 15 por cento", mas os cálculos efectuados basearam-se em 50 por cento, apurando-se um apoio de 106.100 euros.”
Fernando Seara regressado da Alemanha declarou “"Acho estranho que o PS mude de opinião. No tempo em que governava era bom e nunca se absteve de apoiar quem quis", argumentou Fernando Seara, acrescentando: "Gostava de saber qual é o artigo do regulamento em vigor que permite a discriminação. Até esta proposta eram todos pobres. Agora o dr. João Soares descobriu um rico".”
João Soares que acumula as funções de vereador com as de deputado (é por isso que depois dão cabo da coluna) encontra-se ausente do Pais em missão parlamentar.