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20 Jan 2016

F.E.A (é explicado no fim)

Um filme que é uma lição sobre o que deve, e o que não deve ser o jornalismo.
Todos os locutores dos telejornais deviam ser obrigado a vê-lo.
E aqueles que escrevem nos jornais e que passam por jornalistas além de o ver, tinham que fazer uma redacção de 5000 palavras.
No auge da eleições de Bush, o programa "60 minutos" agarra num filão que supostamente o colocaria como beneficiário de favores governamentais e prepara um ataque feroz e demolidor.
Acontece que tudo se baseou em possíveis verdades e evidentes mentiras.
Na América estas coisas não são tratadas com a leviandade lusa e as consequências são quase sempre fatais, como foram.
Cate Blanchett e Redford têm duas actuações imaculadas.
Não sei porque motivo o filme não foi indigitado para os Oscar, nem eles próprios.
Chega no fim de Março, já deve haver por cá um novo Presidente.
Lá ainda não.
O que segue contêm spoilers

16 Jan 2016

Vai causar polémica

Deve estrear a 18 de Fevereiro.
Os comunistas vão arrancar os cabelos.
É a história, muito bem contada e melhor representada, do que aconteceu ao argumentista Dalton Trumbo, autor de verdadeiras pérolas do cinema.
Sob a acusação de ser comunista, e verdadeiramente era o filiado número 47187 (lá nos States não sabiam o que era a clandestinidade) acabou por ser preso e perder o emprego, ele e mais um punhado de aspirantes a comunistas.
Após a saída da prisão recomeçou a trabalhar sob nomes falsos até que assinando o argumento de Spartacus debaixo de um pseudónimo (que todos sabiam quem era) Otto chamou-o para assinar o argumento de Exodus com o próprio nome.
E depois JFK foi ver o filme e fez-lhe um público elogio.
O resto é história.
Um filme perfeito que se arrisca a levar para casa um Oscar.
O período McCarthy é encarado como uma zona negra dos Estados Unidos.
A interrogação que se coloca é:
O que seriam hoje se este homem não tivesse existido?

7 Jan 2016

Uma grande bronca

Estreia brevemente e vai ser a bomba do ano.
Um jornal de Boston pegou no problema da pedofilia dentro da Igreja e depois de uma minuciosa investigação (retratada cinematograficamente de maneira exemplar) publicou tudo na primeira página.
Tudo tinha sido feito para varrer para debaixo do tapete esse incómodo.
O que se seguiu após a denúncia do jornal já faz parte da história.




O que parecia ser um ou dois casos isolados, mostrou toda a sua grandeza (e torpeza) a nível mundial.
Nada, nunca mais, ficou na mesma.
O elenco é de absoluto luxo, as personagens retratadas confessam que por vezes julgavam estar a ver-se ao espelho.
Até nos detalhes das secretárias com os papéis como eles os costumavam arrumar , não foi esquecido.
Tem uma parte romântica.
Num jantar em conversa dois personagens (um jornalista e um advogado) confessam que nunca se sentiram em casa em Boston.
Um é arménio, o outro afirma-se português, e quando o outro curioso lhe pergunta onde nasceu, a resposta é Boston.
Espectacular.
Toda a história

3 Jan 2016

O querer, vence tudo.

Esmagador.
A luta de um homem abandonado para morrer (depois de quase morto por um urso) pelos companheiros, num dos lugares mais inóspitos do planeta.
Nunca desiste e a odisseia é um verdadeiro tratado na arte de sobreviver.
Havia um factor importante para o manter vivo.
Queria matar aquele que lhe tinha morto o filho em frente aos seus olhos.
Por incrível que pareça, é baseado numa história verídica.
Como cinema, as paisagens são absolutamente aterradoras ainda que belas.
DiCaprio como nunca tinha sido visto, numa interpretação de Óscar.
Não perca.



17 Dec 2015

Imperdível

 


Três majestosas interpretações, três monstros do cinema, o teatro em todo o seu esplendor, e os bastidores em toda a sua miséria de luta de egos.
Não é filme de Natal.
Não está anunciado para breve, provavelmente nem estreará,
Não tem nenhuma perseguição de automóveis, nem sexo, nem sangue, nem tiros, nem efeitos especiais.
Não tem lugar.

11 Nov 2015

Awesome

Com Dolores Aveiro, Hugo Aveiro, Jorge Mendes e mais os quinze carros de alta cilindrada e preço ainda maior.




Os golos do Real Madrid na final de Lisboa com a peculiaridade de só mostrarem um dos marcadores, por acaso este no penalty e depois a exuberância da camisola pelo ar e um oportuno a filmar.
Também tem direito a férias.
Num jacto privado jogando à sueca.
Momento muito raro, consegue fazer publicidade a duas marcas ao mesmo tempo.

Pode ir a Oscar.

26 Sept 2015

Para a minha amiga Cristina, uma grande fã (eu também passei a ser).


Faz quarenta anos.
A Portugal chegou com três anos de atraso.
É um filme de culto, com sessões especiais e que sem dúvida está entre os vinte filmes mais importantes (ou pelos menos mais divertidos) de sempre.
Vale a pena ir ao IMDB e consultar toda a informação disponível.


29 Aug 2015

Duas absolutas preciosidades.

 
 

Talvez apareçam lá para o Natal, são filmes para a época.
No primeiro um garoto, que por azar era o mais pequeno da terreola sendo por isso a vítima preferida,  vê partir o pai para a guerra.
Também era um entusiasta por um herói de quadradinhos, um mágico que replicando a personagem também era real e um dia aparece na vila para um espectáculo.
Como sempre acontece há o momento do truque com um espectador.
É ele o escolhido e a partir daí acredita que com as mãos (e muito espremer do corpo) consegue mover tudo e todos.
E assim procura virado para o mar da Califórnia trazer o pai, prisioneiro no Japão, que está mesmo ali em frente.
Há ainda muita mais coisa, incluindo o drama dos japoneses que viviam há longo tempo na América e que passam a ser olhados como inimigos.
Nada que nos seja estranho.

No segundo Robin Williams um atormentado sexagenário, adorando a mulher mas vivendo vidas separadas, não resiste mais e resolve seguir o que o coração lhe dita.
É homossexual.
Não há palavras para descrever a prestação dele neste filme.
E não há, porque ele não representa.
É ele próprio com tudo o que o atormentava na vida real, quaisquer que fossem as suas angústias.
Foi o último filme.
Resolveu partir.
Que esteja em paz, aquilo que certamente não encontrou entre nós.

Não percam ambos.

21 Jul 2015

Prémio Nobel da Estupidez

Perdeu a do lado direito, por causa de um desvio com a do meio. 

17 Jun 2015

Duas obras absolutamente magnificentes


O cinema japonês no seu auge.
O primeiro tem como inspiração uma história real que pode ler aqui
Com esse mito urbano (está na moda) constrói-se a delirante história de uma rapariga introvertida e paranoica que acredita  que a cena em "Fargo" onde um dos assassinos esconde uma mala cheia de dinheiro, é real.
E de Tokyo parte rumo ao Nebraska afrontando tudo e todos, num Inverno inclemente.
Tem um final feliz, porque à sua maneira encontra a paz.

O segundo está para lá de qualquer descrição.
Só vendo.
Em resumo um talentoso músico perde subitamente o emprego e vai para a antiga casa da Mãe lá longe na província.
O único emprego que encontra corresponde a um costume ancestral, usado em algumas religiões.
Consiste em preparar o morto, em frente de toda a família, lavando-o, vestindo-o, barbeando-o, enfim embelezando a morte até parecer que há vida.
Tudo com o rigor e a delicadeza que eles colocam em todos os actos formais.
Ganhou um Oscar.

Tanto um como o outro requerem disposição mental para os enfrentar.
São muito dolorosos.
Se puder, e tiver coragem, não os perca.


2 Jun 2015

Alicia Vikander


Dois filmes de época, com um esplendoroso rigor em todos os pequenos e grandes pormenores.
O primeiro passado numa Dinamarca no século XVIII, com um Rei praticamente doido e cuja fascinante historia pode ser lida aqui .
O segundo durante a Primeira Guerra Mundial cujos horrores foram esquecidos mesmo após os milhões de mortos e estropiados que a mesma causou, talvez porque muita gente pensava assim:

Num e noutro uma actriz com duas interpretações absolutamente estonteantes.
Ei-la

Se puder não perca nenhum deles (um julgo que ainda anda por aí em exibição).





23 Apr 2015

Só mudam as moscas

O filme é de 1960, ou seja tem mais de meio século.
O esquema continua igual.
Em Itália e cá.
Sempre latinos, sempre aldrabões.
 

7 Apr 2015

Se o critico diz que é mau, é bom.

A revista Visão resolveu pedir a sete famosos cineastas/críticos/realizadores/produtores e outras quinquilharias relacionados com o cinema, previsões para os passados Oscar's.
Era facílimo acertar este ano, pois os vencedores estavam amplamente escolhidos nos anteriores festivais e, além disso, realmente eram os melhores. 
Até eu em seis das categorias principais acertei cinco e não acertei a outra porque, tendo a certeza da escolha da Academia, achei que era uma má escolha.
Das sete sumidades apenas uma acertou no filme vencedor.
Nada de anormal, há gostos para tudo.
Para registo futuro aqui vão os nomes dos entrevistados, se desconhece algum, não me pergunte, estamos iguais.
Eu até estou um pouco pior, nunca tinha ouvido falar em quase nenhum.

Vicente Alves do Ó
José Vieira Mendes
Pedro Borges
Rui Henriques Coimbra
João Eduardo Ferreira
Miguel Somsen
Vítor Moura

Claro que em sete depoimentos, ainda por cima de portugueses, um tinha que se destacar pela petulância bacoca.
É este:

3 Mar 2015

Buy old masters. They fetch a better price than old mistresses -- Lord Beaverbrook

 
 
Essencialmente é isto que o filme Big Eyes demonstra plenamente.
Margaret D. H. Keane (born Peggy Doris Hawkins; 1927) dedicou a sua vida a pintar quadros com crianças onde os olhos transmitiam a melancolia e tristeza necessárias para comover as carteiras de pessoas endinheiradas.
Não teria tido o sucesso mundial se um encontro casual não a colocasse em rota de colisão com um estupendo aldrabão com olho para o negócio que a convenceu a pintar em regime industrial que ele se encarregaria de elevar a cotação no mercado.
E assim se fez.
Um belo filme, uma bela história duas interpretações de alto nível.
Não perca, está por ai em exibição.
A partir daqui avisa-se há spoilers e recordamos o ultra famoso quadro que decora 90% das paredes lusitanas na versão masculina "O menino com lágrima no olho".

22 Feb 2015

Hoje à noite há Oscar's

Prognósticos:
Melhor filme : Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance)
Melhor actor principal : Eddie Redmayne
Melhor actriz principal : Julianne Moore
Melhor actor secundário : J.K. Simmons
Melhor actriz secundária : Emma Stone

Entretanto de alguns dos grandes marcos do cinema, os pedaços de música que lhes ficaram associados para sempre.
Mediafire


11 Feb 2015

Blues is easy to play, but hard to feel - Jimi Hendrix

 
 
Um irascível regente de orquestra dirige com mão de ferro não permitindo o mínimo deslize, espremendo os alunos (é professor numa escola de música) na esperança de encontrar uma nova estrela, um novo Charlie Parker, nas suas próprias palavras.
E um dia tropeça num baterista e julga descobrir no mesmo toda a capacidade para vir a ser uma grande figura do jazz.
Para tal recorre a todas as pressões, algumas delas ao nível da pura tortura, para o estimular.
É o que o filme é. Estimulante.
Também é vibrante com uma banda sonora fenomenal.
E mostra como a competição para um lugar na orquestra está ao nível dos antigos gladiadores.
Nomeado para 5 Oscar, muito provavelmente com dois no bolso, Best Achievement in Sound Mixing e Best Performance by an Actor in a Supporting Role.
O jovem baterista tem como ídolo Buddy Rich.
Está aqui.


4 Feb 2015

Para Lenor

Estreia brevemente.
Julianne Moore está nomeada para Oscar de melhor interpretação feminina.
É realmente aterradora a interpretação de uma mulher, especialista em linguagem, que do nada lhe aparece a sinistra doença de Alzheimer e que vemos desintegrar-se dia após dia.
Uma particular cena, quando necessita de ir à casa de banho urinar e não consegue lembrar-se onde era ocasionando que o marido a encontra toda urinada é particularmente tocante.
Como tudo o que é mau pode piorar, a doença é congénita e uma das filhas dá testes positivos.
Como se diz no título este post é dedicado a uma particular amiga por dois motivos.
O primeiro é por ser médica e ela saberá por experiência directa o que é lidar com estes doentes.
O segundo é privado e ela se vir o filme compreenderá imediatamente.
 
O boneco também é da Lenor e ilustra muito bem a vida destes doentes e provavelmente de muitos sãos.
O filme termina com um fabuloso monólogo tirado de "Angels in America" e vai aqui com transcrição.

21 Jan 2015

Este foi Charlie toda a vida

 


Baseado na versão do livro escrito pelo próprio, a história deste mortífero atirador contada por Clint Eastwood.
O filme não faz justiça nem a um nem a outro. e no entanto está nomeado para 6 Oscar.
Dada a composição do júri, levando em linha de conta o actual momento de guerra com o estado islâmico e a natural apetência dos americanos pelos tiros, deve levar uma estatueta pelo menos.
A história deste homem que ultrapassou dezenas de situações de altíssimo perigo e que foi assassinado cobardemente na sua própria e querida América, pode ser lida aqui .