O romancista Sousa Tavares publicou uma crónica no Expresso que já lhe levou a levar bordoada de todo o lado. Entre muitas coisas que dizia, (ele gosta sempre de falar sobre tudo), comentou que gostava mais de jantar com Chavez do que com Bush. Eu, por mim, preferia jantar e cear com a Nicole Kidman.
Gostos.
Dentro da famosa crónica vem também este naco:
Por uma vez, a nossa habitual diplomacia de não fazer ondas com ninguém até teve razão de ser. Por que razão, de facto, haveríamos de ter Chávez como inimigo ou alvo a abater? Porque isso agradaria ao embaixador dos Estados Unidos em Lisboa? É ele que está em condições de garantir que, se hostilizássemos Chávez, em nome de uma estúpida solidariedade ocidental de espécie confusa, os Estados Unidos estariam de braços abertos para acolher a comunidade lusa de 400.000 almas que vive na Venezuela? E em nome de que coerência de princípios disse Luís Filipe Menezes esperar que Sócrates não deixasse de “abordar o tema dos direitos humanos” com Chávez? Será que espera o mesmo nas relações com Angola ou com a China - essas, sim, verdadeiras ditaduras - onde o bloco central dos empresários tem ou espera vir a ter negócios milionários, garantidos pela cobertura do Estado e por relações sem ondas com as nomenclaturas locais? O dr. Menezes sente-se capaz de explicar ao sr. Américo Amorim que, se um dia for primeiro-ministro, vai pôr o tema dos direitos humanos no topo da agenda das relações com Angola?
Tavares não gosta da actual América, não gosta de Bush, não gosta dos não fumadores, não gosta dos não caçadores, não gosta de presidentes de Câmara, não gosta de construtores civis, não gosta de Pulido Valente, não gosta de empresários de sucesso, não gosta dos políticos, (bem vá lá Sócrates leva um miminho pequenino), não gosta de automobilistas que não guiam tão bem quanto ele, não gosta do Pinto da Costa (aqui finalmente acerta), não gosta de ver gente nas praias que frequenta, na realidade Tavares só gosta de Tavares.
Neste pequeno apontamento Tavares mostra que aprendeu pelo menos uma coisa.
Estes futuros retornados da Venezuela devem ter um tratamento de excepção e evitar que o sejam o que não foi reservado aos retornados de Angola e Moçambique.
Valha a verdade que para Tavares estes não eram retornados eram colonos.
E agora até ele vê, que aqueles novos países que com tanto orgulho os senhores capitães pariram, são afinal umas ditaduras governadas por um bando de gatunos de alto coturno.
Todos os dias há menos um cego.
Gostos.
Dentro da famosa crónica vem também este naco:
Por uma vez, a nossa habitual diplomacia de não fazer ondas com ninguém até teve razão de ser. Por que razão, de facto, haveríamos de ter Chávez como inimigo ou alvo a abater? Porque isso agradaria ao embaixador dos Estados Unidos em Lisboa? É ele que está em condições de garantir que, se hostilizássemos Chávez, em nome de uma estúpida solidariedade ocidental de espécie confusa, os Estados Unidos estariam de braços abertos para acolher a comunidade lusa de 400.000 almas que vive na Venezuela? E em nome de que coerência de princípios disse Luís Filipe Menezes esperar que Sócrates não deixasse de “abordar o tema dos direitos humanos” com Chávez? Será que espera o mesmo nas relações com Angola ou com a China - essas, sim, verdadeiras ditaduras - onde o bloco central dos empresários tem ou espera vir a ter negócios milionários, garantidos pela cobertura do Estado e por relações sem ondas com as nomenclaturas locais? O dr. Menezes sente-se capaz de explicar ao sr. Américo Amorim que, se um dia for primeiro-ministro, vai pôr o tema dos direitos humanos no topo da agenda das relações com Angola?
Tavares não gosta da actual América, não gosta de Bush, não gosta dos não fumadores, não gosta dos não caçadores, não gosta de presidentes de Câmara, não gosta de construtores civis, não gosta de Pulido Valente, não gosta de empresários de sucesso, não gosta dos políticos, (bem vá lá Sócrates leva um miminho pequenino), não gosta de automobilistas que não guiam tão bem quanto ele, não gosta do Pinto da Costa (aqui finalmente acerta), não gosta de ver gente nas praias que frequenta, na realidade Tavares só gosta de Tavares.
Neste pequeno apontamento Tavares mostra que aprendeu pelo menos uma coisa.
Estes futuros retornados da Venezuela devem ter um tratamento de excepção e evitar que o sejam o que não foi reservado aos retornados de Angola e Moçambique.
Valha a verdade que para Tavares estes não eram retornados eram colonos.
E agora até ele vê, que aqueles novos países que com tanto orgulho os senhores capitães pariram, são afinal umas ditaduras governadas por um bando de gatunos de alto coturno.
Todos os dias há menos um cego.
4 comments:
Fado, concorda com os espoliados da Guerra Colonial Portuguesa (habitantes das ex colónias), que querem que o estado lhes pague qualquer coisa, não se sabe bem o quê, visto que, na altura da guerra colonial, pouco lhes interessava o estado português e o que interessava era criar estados brancos em África, à semelhança do que os britânicos fizeram na África do Sul?
Bem, o Miguel Esteve Cardoso é igual ao Vasco Pulido Valente e nem sequer se pode perder muito tempo a analisar o que dizem ou o que escrevem, porque são das personalidades mais egoísta, egocêntricas e narcisitas que Deus ao mundo deitou...
Boa Noite
O apontamento era sobre Miguel Sousa Tavares. Oportunamente, e com muito gosto, responderei ás suas questões.
O menininho Salus tem uma cabecinha muito confusa já percebi. Agora até confunde os "Migueis" comentadores.O menino cresça,documente-se, depois comente nos blogues sobre algo de que saiba alguma coisa.E não oiça só o papá.Também me parece que pela idade já pode começar a pensar por si. Seja sobre as colónias,sobre os retornados sobre expoliados ou o que quer que seja.E escusa de me chamar velha pois nem sequer tenho idade para ser sua mãe...,o certo é que já vivi e estudei um pouco mais sobre estes assuntos de que tanto gosta.
Quando escrevi expoliados, queria escrever espoliados. As minhas desculpas ao autor do blogue.
Post a Comment