12 Nov 2007

Vêm um pano vermelho


A Internet tem destas coisas fantásticas.
Lê-se de borla aquilo por que não pagávamos um cêntimo para ler.
Está neste caso o Jornal de Notícias. Um jornal lido e comprado por muita gente mas que para mim tem o defeito de ser feito no Norte para o Norte.
Ontem Paulo Baldaia, chefe de redacção, resolveu escrever à balda(ia) sobre a Igreja.
Ora o moço, não é cristão, não vai à missa, não vai à bola com a cristandade mas acha que pode falar daquilo que não sabe.
Estão a ver o Paulo Bento a escrever sobre física quântica.
Pois é a mesma coisa.
Gatafunha ele:

O líder da Igreja Católica - cardeal Ratzinger, rebaptizado Papa Bento XVI - recebeu na sede do Império (Vaticano) os bispos portugueses e parece que lhes passou um raspanete. "Novo estilo", "Nova mentalidade", escreveram na primeira página vários jornais, dando conta das mudanças requeridas pelo chefe da multinacional católica para a sua filial portuguesa.Livres de dogmas, olhando com respeito para a instituição Igreja, nada nos impede de perceber que o problema do Vaticano é que em Portugal - como de uma forma geral no mundo inteiro - há cada vez menos padres, menos seminaristas, menos baptizados e menos pessoas na missa. Ou seja, menos negócio.

A primeira coisa que se deve dizer, é que ele, coitado, não tem culpa.
A educação bebe-se no berço, não lha deram, ficou apto a escrever em jornais do Norte.
Por acaso, por um golpe de sorte, João César das Neves escreve sobre o mesmo assunto e quase que parece que por uma inspiração divina responde-lhe antecipadamente.
Vamos ler:

A Igreja tem em Portugal uma vastíssima acção social, com enormes benefícios para toda a comunidade. Na saúde, educação e imprensa, no património, animação cultural e assistência, no combate à pobreza, solidão e doença, nas prisões, hospitais, forças armadas, nas capelas mortuárias e cemitérios. A esmagadora maioria das IPSS, creches, ATL, centros de dia e jornais regionais pertencem à Igreja. Uma enorme percentagem das escolas privadas, clínicas, grupos culturais, apoios domiciliários são animados pelos cristãos. Houve tempos em que a fé era simplesmente a vida, sem se dar pela diferença. Hoje, que gostamos de contabilizar essas coisas, a influência da Igreja é literalmente incalculável. Apesar disso, provavelmente por causa disso, a animosidade contra a Igreja permanece palpável, sobretudo em certas épocas.

Realmente o problema é números.
Aqui o jornalista do norte acertou sem saber.
Quase que aposto que um dia vai ser ajudado por um destes anónimos números.
Nesse dia vai converter-se.
Até Judas, se tivesse tido necessidade de um lar de terceira idade, o teria feito.

5 comments:

Anonymous said...

Fadinho,não percas tempo vai ver o programa da guerra e depois vem para aqui desmentir tudo o que para ti não justificou a guerra.Vá diz lá que nada daquilo existiu,é tudo fantasia dos "vermelhos".
Tadinho correram contigo da terra que não te pertencia por isso não lhes perdoas.
Responde-lá se fores capaz,depois do programa.
Xau,Xau!

fado alexandrino. said...

Talvez escreva amanhã.
Conheci pessoalmente o Edgar Nasi Pereira e o seu filho.
O Guilherme José de Melo felizmente não conheci, mas ele conheceu montes e montes de paraquedistas.

Anonymous said...

Porquê ? Tinhas receio de conhecer o G de Melo? É estranho esse receio.

Anonymous said...

Responde-lhe o não cristão que gatafunhou umas coisas no JN.
Recebi uma educação cristã e orgulho-me de ter na família gente muita boa que écatólica praticante.
Sou baptizado, fiz a primeira comunhão, a profissão de fé, o crisma e LI A BIBLIA.
Não sou é imbecil, acahando que os outros podem pensar pela minha cabeça. Ser racional é, aliás, o que me diferencia de outros animais.
Está a perceber a coisa?
Nada tenho contra as pessoas religiosas, mas não aceito sem questionar as organizações que vivem da fé.
A ajuda que um dia possa vir a ter que receber chegará de pessoas de bem, sejam pessoas de fé ou não.

Paulo Baldaia
jornalista do Norte (com muito orgulho)a viver há quase 20 anos em Lisboa (com muito prazer)

fado alexandrino. said...

Anonymous disse...

Muito obrigado.
Não era preciso dizer-nos que não é cristão. Considerar que a Igreja faz negócios e ignorar todo o seu trabalho social, muito bem explicado por César das Neves, fala por si.
Já agora o Papa não foi rebaptizado Papa o que só mostra que pouco aprendeu na catequese.