23 Jan 2016

O jornal avestruz

Em todas as primeiras páginas vem com maior ou menor destaque o aumentos dos impostos sobre a gasolina, gasóleo e tabaco, bem como o adiamento de algumas bandeiras eleitorais entre elas o IVA da restauração, para o começo das férias.
Mas o Público gosta dos seus leitores, e não os quer maçar com incómodos.
Vai dai faz uma primeira página fofinha.
Até a má notícia vem embrulhada em papel cor de rosa.
Confira aqui os desmancha prazeres.

20 Jan 2016

F.E.A (é explicado no fim)

Um filme que é uma lição sobre o que deve, e o que não deve ser o jornalismo.
Todos os locutores dos telejornais deviam ser obrigado a vê-lo.
E aqueles que escrevem nos jornais e que passam por jornalistas além de o ver, tinham que fazer uma redacção de 5000 palavras.
No auge da eleições de Bush, o programa "60 minutos" agarra num filão que supostamente o colocaria como beneficiário de favores governamentais e prepara um ataque feroz e demolidor.
Acontece que tudo se baseou em possíveis verdades e evidentes mentiras.
Na América estas coisas não são tratadas com a leviandade lusa e as consequências são quase sempre fatais, como foram.
Cate Blanchett e Redford têm duas actuações imaculadas.
Não sei porque motivo o filme não foi indigitado para os Oscar, nem eles próprios.
Chega no fim de Março, já deve haver por cá um novo Presidente.
Lá ainda não.
O que segue contêm spoilers

16 Jan 2016

Vai causar polémica

Deve estrear a 18 de Fevereiro.
Os comunistas vão arrancar os cabelos.
É a história, muito bem contada e melhor representada, do que aconteceu ao argumentista Dalton Trumbo, autor de verdadeiras pérolas do cinema.
Sob a acusação de ser comunista, e verdadeiramente era o filiado número 47187 (lá nos States não sabiam o que era a clandestinidade) acabou por ser preso e perder o emprego, ele e mais um punhado de aspirantes a comunistas.
Após a saída da prisão recomeçou a trabalhar sob nomes falsos até que assinando o argumento de Spartacus debaixo de um pseudónimo (que todos sabiam quem era) Otto chamou-o para assinar o argumento de Exodus com o próprio nome.
E depois JFK foi ver o filme e fez-lhe um público elogio.
O resto é história.
Um filme perfeito que se arrisca a levar para casa um Oscar.
O período McCarthy é encarado como uma zona negra dos Estados Unidos.
A interrogação que se coloca é:
O que seriam hoje se este homem não tivesse existido?

12 Jan 2016

Números

Madrid-Barajas tem quatro pistas.
Em 2015 registou 366,605 movimentos com um total de 46,800 milhões de passageiros.
Para aceder aos valores de alguns dos aeroportos espanhóis, clique


Uma faixa chama-se "Começo a ver a Luz". É isso mesmo


11 Jan 2016

As votações

Ganhou Messi.
A votação foi muito interessante.
Ele, como capitão da Argentina, votou em Suaruez, Neymar, Iniesta.
Uma curiosidade, são todos do Barcelona.
Ronaldo ficou em segundo lugar, como capitão votou em Benzema, James, Bale,
Outra curiosidade, são todos do Real Madrid.
E os selecionadores de um e de outro, em quem votaram?
Ora o da Argentina em Messi e Ronaldo nem vê-lo.
E o de Portugal em Ronaldo e elegantemente em Messi como segundo lugar.

Deliram

O JN tornou-se um dos melhores propagandistas do Costismo.
Agora que o Costismo se transformou em governo, de vez em quando têm um orgasmo..
Aqui está um, bem grande por sinal.
O Metro do Porto não tem dinheiro para mandar cantar um cego, o de Lisboa aspas idem.
No de Lisboa antes de iniciarem "estudos" era estupendo que consertassem as escadas rolantes, que acabassem o acesso para deficientes no Colégio Militar e que abrissem a estação da Reboleira pronta há mais de seis meses. 
Também convinha que deixasse todos os dias de haver "anomalias técnicas das quais pedimos desculpa aos senhores passageiros".
Claro que esta "notícia" não é para levar a sério, e só isso a desculpa.

7 Jan 2016

Uma grande bronca

Estreia brevemente e vai ser a bomba do ano.
Um jornal de Boston pegou no problema da pedofilia dentro da Igreja e depois de uma minuciosa investigação (retratada cinematograficamente de maneira exemplar) publicou tudo na primeira página.
Tudo tinha sido feito para varrer para debaixo do tapete esse incómodo.
O que se seguiu após a denúncia do jornal já faz parte da história.




O que parecia ser um ou dois casos isolados, mostrou toda a sua grandeza (e torpeza) a nível mundial.
Nada, nunca mais, ficou na mesma.
O elenco é de absoluto luxo, as personagens retratadas confessam que por vezes julgavam estar a ver-se ao espelho.
Até nos detalhes das secretárias com os papéis como eles os costumavam arrumar , não foi esquecido.
Tem uma parte romântica.
Num jantar em conversa dois personagens (um jornalista e um advogado) confessam que nunca se sentiram em casa em Boston.
Um é arménio, o outro afirma-se português, e quando o outro curioso lhe pergunta onde nasceu, a resposta é Boston.
Espectacular.
Toda a história

5 Jan 2016

Ainda é Natal, uma prendinha

Se costuma passar por lá, este boneco muito bem esgalhado, vai fazer-lhe abrir a boca de admiração.
São árvores importadas especialmente do Mali que crescem aquele tamanho em apenas meia dúzia de meses.
E conforme elas crescem diminui a largura das faixas, porque vão manter-se as três com aquele lindo passeio no meio de 3,5 metros.
Vai ser a Avenida da Liberdade II.
Mas, se não é de Lisboa, não faça já planos para vir ver A Maravilha.
É só para 2017.
E para acautelar a Senhora Câmara avisa que "As obras deverão durar 11 meses, não havendo ainda uma data definida para o início dos trabalhos."
Leia aqui


3 Jan 2016

O querer, vence tudo.

Esmagador.
A luta de um homem abandonado para morrer (depois de quase morto por um urso) pelos companheiros, num dos lugares mais inóspitos do planeta.
Nunca desiste e a odisseia é um verdadeiro tratado na arte de sobreviver.
Havia um factor importante para o manter vivo.
Queria matar aquele que lhe tinha morto o filho em frente aos seus olhos.
Por incrível que pareça, é baseado numa história verídica.
Como cinema, as paisagens são absolutamente aterradoras ainda que belas.
DiCaprio como nunca tinha sido visto, numa interpretação de Óscar.
Não perca.



Frases célebres, que não foram ditas pelos próprios

Sou engenheiro, e honesto.
Outros atribuem-lhe uma versão mais elegante
Sou um honesto engenheiro
Queira confirmar (segundo o jornal ABC) outros enganos célebres.