Não sei se estreou em Portugal ou se vai alguma vez ser exibido.
O que sei é que a esquerda intelectual de Lisboa, melhor dizendo do Frágil ou do Finalmente o vai esborrachar.
É na verdade um filme perigoso.
Nele um ex-marine das forças especiais britânicas destacadas no Irlanda do Norte, e agora reformado, perde logo no início a mulher por doença, tendo ambos já perdido uma filha muito jovem provavelmente pela mesma causa.
E assim está quase sozinho apenas acompanhado pelo pai com o qual disputa num pub intermináveis partidas de xadrez.
E ambos vivem em inóspitos subúrbios de Londres, em resmas de edifícios todos iguais, todos impessoais em que ninguém conhece nem quer conhecer ninguém.
E lá fora tomando conta do espaço livre gangs de bandalhos sem qualquer ocupação a não ser vender e consumir droga e ser o mais violentos possíveis.
Abreviando o pai um dia perde a paciência e entra em confronto com os grunhos sendo, naturalmente, morto com requintes de selvajaria.
E aqui inicia-se a cruzada de libertação em que o ex-marine metodicamente vai eliminando estes rebotalhos da sociedade.
Em determinado momento a polícia acorda do sono letárgico em que vive e tenta impor novamente a ordem e a lei.
Qualquer semelhança com o que se passa em Portugal é verdadeira.
O filme cinematograficamente é simplesmente irrepreensível.
Da actuação de Michael Caine apenas se pode dizer que custa a crer que esteja a representar e que não seja aquela uma história dele próprio.
Para ser ver como os valores actualmente estão todos de pantanas, transcreve-se um comentário retirado do IMDB.
I couldn't help but feel that Michael Caine's titular character was a bad guy in this film.
Harry Brown is an ex-marine. His friend ( Nota: na realidade trata-se do pai) goes at a bunch of youths with a bayonet. They overpower him, and kill him, which, legally AND morally, is self-defence. Brown, who often watches these youths with contempt from his window, decides to take it open himself to systematically murder many of them, including one, called Marky, who it is made clear has suffered from a life of sexual abuse at the hands of foster carers and drug dealers, and did not take part in any of the violence (this is made clear by the fact that he was behind his phone's camera during the killing of Brown's aggressive friend).
Estão aqui todos os argumentos que ouvimos todos os dias para caucionar a actuação destes "jovens".
Se puder não perca.
Está aqui
3 comments:
"...Qualquer semelhança com o que se passa em Portugal é verdadeira."
Não exageremos, a Irlanda para lá caminhará.
Desconhecia o filme, vou ver.
Cumprimentos.
Depois de ver o filme, talvez concorde comigo.
Fado, fui irónico. ;)
Cumprimentos.
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