O filme retrata a vida e a obra de Séraphine Louis .
Uma camponesa simples mas não simplória a quem é concedida a Graça da arte de pintar é descoberta ocasionalmente por um crítico que tinha ido viver para a pequena aldeia onde ela era criada e lutava arduamente para sobreviver.
Era uma predestinada, imbuída de uma mística de fé e que preferia gastar os tostões que ia recebendo em artefactos para pintura do que em comida. Acresce que ela própria, uma amante da natureza, procurava e encontrava na mesma não só a fonte de inspiração como os materiais paras a tintas que fabricava artesanalmente.
Como todos os grandes artistas o génio não cabia naquela corpo e algo tinha que falhar. Falhou a cabeça e terminou a vida num asilo psiquiátrico.
Mas tem uma lição.
Viveu, lutou pelo que queria, libertou-se da lei da morte.
É um filme perfeito em tudo. Nas actuações impecáveis dos artistas, na reconstituição exemplar da época, no aproveitamento das fantásticas paisagens, solares e pequenas vilas da França.
Dezassete prémios e mais cinco nomeações.
Duas horas de filme que preenchem como uma bela refeição.
Bon Appétit.
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