14 Jul 2009

Já não se pergunta, onde estás?








Um filme único.
Passa-se num futuro muito perto de nós, onde os telefones desapareceram e apenas se usa o videofone e onde todos usam símbolos no rosto como maquilhagem que devem ter um significado espacial para a pessoa, sei lá, quero estar feliz, pertenço a este ou aquele grupo, gosto disto ou daquilo.

A história centra-se num homem disfuncional que sofre de agorafobia e que se sitiou em casa há oito anos.
Toda a sua vida se faz através do videofone e mesmo o sexo (virtual claro) é escolhido e feito pelo mesmo meio.
A conselho do psiquiatra encarregado do seu caso (é um B8) contacta uma agência de prostitutas onde após fazer a sua escolha tenta levar a mesma a fazer sexo virtual o que é recusado.
E recusada porque esta é uma prostituta especial, dos tempos futuros:

You were sentenced to being a prostitute for the disabled?
You don't have to insult me.
- No.
I'm a hostess, not a prostitute. I receive training.
I'm sorry. I didn't know. I didn't mean to insult you. But how can they impose that on you?
I chose.
What do you mean, you chose?
Between a long sentence in prison and this, this was shorter.


Todo o filme é uma complexa montagem de chamadas de videofone e dos actores raramente se vê mais do que a cara e uma pequena parte do corpo.
É fascinante, recomendo-o sem qualquer reserva.
Premiado, justamente, em onze festivais.



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