Um Homem uma Obra

O crítico dá 4 estrelas a este filme.

Transcreve-se apenas parte final da análise uma vez que a restante (grande) parte é dedicada à suposta homossexualidade de Hoover.
O primeiro momento em que ela é sugerida, um tímido toque entre as duas mãos surge após uma hora e vinte minutos de um filme que tem duas horas e meia.
E depois há uma cena de briga que termina com um beijo que Hoover repudia e avisa que nunca mais voltará a acontecer (JLR não viu este pequeno pormenor).
Adiante, para mim tanto se me dá que ele tenha sido invertido (como na época se dizia) ou não.

Vamos então dar opinião sobre o filme.
É mais uma grande obra do grande Clint com uma interpretação impossível de classificar de DiCaprio e onde o envelhecimento das personagens dos 30 aos quase 70 anos é de tal maneira perfeito que chegamos a pensar, este é mesmo aquele?
Não há um único momento menos conseguido em todo filme que conta com um naipe de segundas figuras impressionantes.
É absolutamente um marco em cinema e não sei porquê não está nomeado para nenhum Oscar quando há lá tanto lixo.

E sobre o homem?

Atravessou-se no caminho de oito presidentes teve milhares de inimigos, criou do zero uma das mais prestigiadas instituições americanas de combate ao crime, afrontou o poderoso Congresso, modificou leis penais e amou até ao fim a Mãe.
É pouco?
Não sei, mas pode perguntar-se onde estaria a América se ele não tivesse vivido e dedicado toda a sua existência a perseguir o crime em todas as suas múltiplas formas.
Há pessoas que nasceram com uma missão, poucos a conseguem cumprir.
Vá ver este filme e compreenderá.
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