Em 1994 num quase ignorado país africano uma guerra entre
as duas etnias da região resultou no massacre brutal entre 800 mil a um milhão
daqueles que pertenciam à etnia dominadora por parte da outra que dominava em
número.
Foi no Rwanda e o mundo assistiu impávido e sereno às pequenas
notícias que se viam na televisão durante o jantar.Foi assim ontem é assim hoje e será assim amanhã.
Todos os conflitos em que entram etnias negras atingem
proporções bíblicas e neste caso para além do esmagador número de assassinatos
a barbárie com que os mesmos foram cometidos ultrapassou (mas em breve será
ultrapassada) tudo o que já se tinha visto.
Estamos a falar de uma coisinha com 26,000 quilómetros
quadrados sendo que Portugal tem 92,000 na qual foram dizimados cerca de 20% da
população.Era um território pertencente à Bélgica e por isso a Sabena voava para lá regularmente e em Kigali possuía um moderno hotel.
Este filme podia ser uma versão romanceada de um qualquer
heroísmo mas aconteceu mesmo.
Este homem era o gerente desse hotel.Sendo ele próprio um Hutu estava a salvo tinha no entanto dois problemas. A mulher era Tutsi e de repente o hotel em que era gerente encheu-se de refugiados e as suas únicas armas eram o suborno com dinheiro ou bebidas, a astúcia de ser sempre aparentemente submisso e muita sorte.
Mas acima de tudo o amor que dedicava à mulher e filhos e que lhe deram toda a força para ultrapassar todos os perigos nunca desistindo.
E assim um filme sobre o horror e a bestialidade transforma-se num hino ao Amor.
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