No futuro a humanidade modificada geneticamente cresce até
aos 25 anos, pára de envelhecer e aí a todos é concedido mais um ano de vida.
Não há dinheiro, tudo se paga com tempo de vida, um café
cinco minutos, um bilhete para o Benfica-Porto duas horas.Ora como na vida real uns mais espertos ou menos piegas, mais trabalhadores ou menos sindicalistas podem ir aumentando o seu tempo de vida com a agradável surpresa de nunca envelhecerem para lá daquela idade.
Para completar a trama como não podia deixar de ser a
humanidade está dividida entre os muitos ricos e os outros e aqui dividida é
mesmo o termo porque aqueles vivem em ambientes protegidos por sucessivas
fronteiras onde apenas se passa pagando, uma ideia que o nosso saudoso ex-ministro
Cravinho acharia absolutamente repelente.
Este conjunto de pormenores faz com que a cena inicial se
passe entre mãe e filho, ela com cinquenta e tal anos (presumíveis) e ele com
vinte e tais parecendo dois irmãos.
Há ainda uma circunstância que atrapalha a vida de muita
gente.
Não é possível disfarçar a riqueza nem colocar o tempo
num off-shore e muito menos numa conta disfarçada debaixo de muitos números
numa Suíça que deveria haver, o que teria evitado todo este burburinho ao
senhor Isaltino.Não, o tempo (ou seja o equivalente ao triliões dos ricaços) está ali estampado no braço como poderão ver no fotograma o que faz com que muita gente no pino do Verão ande com blusões de mangas largas.
Todas estas ideias são geniais e podiam dar um grande
filme.
Junte-se Justin Timberlake, Amanda Seyfried & Outros e nem Andrew
Nicol que dirigiu o excelente Gattaca consegue evitar o desastre.
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