8 Sept 2011

Da ficção à realidade, um pequeno passo.



Tem quase vinte anos, estreou apenas em 2005 nos Estados Unidos e por cá não deve ter passado.
Deste é que se pode dizer que tem tudo ou como colocou muito bem um comentador:

This movie has it "all." To name but a few:
Incest, Sodomy, Eating cockroaches, Killing cats, Wayward priest, Prostitution, Robbery. Violence, Full frontal nudity, Multiple murders. Paraplegic love triangle, racism and police brutality.


E é verdade e tem além disto o que não é pouco uma tenebrosa história que infelizmente se vai tornando habitual no incrível mundo em que vivemos.

Uma mulher abandonada pelo marido aquando do nascimento do filho encerra-o no miserável cubículo que habita e durante trinta anos trata-o como uma criança não lhe deixando ter a mínima percepção do que é o mundo levando a paranóia ao limite de quando sai colocar uma máscara antigás para lhe fazer crer que o mundo lá fora é irrespirável e usando-o como objecto sexual.

Um dia o marido transviado descobre onde ela vive e apresenta-se e valha a verdade dizê-lo ainda é mais desequilibrado mentalmente do que ela.
A tragédia é inevitável e a (criança/rapaz/homem) vê pela primeira vez a civilização e toma contacto com o mundo real num misto de estupor e fascinação.

O resto que é quase impossível de colocar em palavras e em que o desempenho de Nicholas Hope atinge níveis de magia fica por conta de quem o conseguir ver.
Apenas para acrescentar que "adoptado" por uma banda de improvável sucesso um dia sobe para o palco e com guinchos e repetindo frases (o seu falar é quase só repetir o que os outros diziam por vezes em situações embaraçosas)cria uma personagem que Nick Cave não desdenharia.

Esta é aliás a opinião de alguns comentadores.

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