A Internet tem destas coisas fantásticas.
Lê-se de borla aquilo por que não pagávamos um cêntimo para ler.
Está neste caso o Jornal de Notícias. Um jornal lido e comprado por muita gente mas que para mim tem o defeito de ser feito no Norte para o Norte.
Ontem Paulo Baldaia, chefe de redacção, resolveu escrever à balda(ia) sobre a Igreja.
Ora o moço, não é cristão, não vai à missa, não vai à bola com a cristandade mas acha que pode falar daquilo que não sabe.
Estão a ver o Paulo Bento a escrever sobre física quântica.
Pois é a mesma coisa.
Gatafunha ele:
O líder da Igreja Católica - cardeal Ratzinger, rebaptizado Papa Bento XVI - recebeu na sede do Império (Vaticano) os bispos portugueses e parece que lhes passou um raspanete. "Novo estilo", "Nova mentalidade", escreveram na primeira página vários jornais, dando conta das mudanças requeridas pelo chefe da multinacional católica para a sua filial portuguesa.Livres de dogmas, olhando com respeito para a instituição Igreja, nada nos impede de perceber que o problema do Vaticano é que em Portugal - como de uma forma geral no mundo inteiro - há cada vez menos padres, menos seminaristas, menos baptizados e menos pessoas na missa. Ou seja, menos negócio.
A primeira coisa que se deve dizer, é que ele, coitado, não tem culpa.
A educação bebe-se no berço, não lha deram, ficou apto a escrever em jornais do Norte.
Por acaso, por um golpe de sorte, João César das Neves escreve sobre o mesmo assunto e quase que parece que por uma inspiração divina responde-lhe antecipadamente.
Vamos ler:
A Igreja tem em Portugal uma vastíssima acção social, com enormes benefícios para toda a comunidade. Na saúde, educação e imprensa, no património, animação cultural e assistência, no combate à pobreza, solidão e doença, nas prisões, hospitais, forças armadas, nas capelas mortuárias e cemitérios. A esmagadora maioria das IPSS, creches, ATL, centros de dia e jornais regionais pertencem à Igreja. Uma enorme percentagem das escolas privadas, clínicas, grupos culturais, apoios domiciliários são animados pelos cristãos. Houve tempos em que a fé era simplesmente a vida, sem se dar pela diferença. Hoje, que gostamos de contabilizar essas coisas, a influência da Igreja é literalmente incalculável. Apesar disso, provavelmente por causa disso, a animosidade contra a Igreja permanece palpável, sobretudo em certas épocas.
Realmente o problema é números.
Aqui o jornalista do norte acertou sem saber.
Quase que aposto que um dia vai ser ajudado por um destes anónimos números.
Nesse dia vai converter-se.
Até Judas, se tivesse tido necessidade de um lar de terceira idade, o teria feito.