19 Apr 2012

Quase uma mala de cartão





Um decadentíssimo cantor de rock arrasta-se pela vida arrastando uma mala de viagem sussurando com a voz que a vida lhe gastou e para que isto se torne real Sean Penn compõe um boneco de elevada qualidade longe de tudo aquilo a que nos habituou.
Nada lhe interessa na vida e os dias passam cinzentos arrastando a magoa de por causa das suas cinzentas canções um par de adolescentes ter cometido suicídio.

E um dia o pai doente bem longe na América (ele vive na Irlanda) e com fobia de aviões lá vai de barco para uma última despedida a quem já não via e de quem nada queria saber há mais de trinta anos.
E surge a revelação de que o carrasco do pai, um nazi, pode estar vivo algures na América.
Como um chamamento do destino decide que deve vingar as humilhações que o pai sofreu nos campos de concentração.
E ele lá vai com a ajuda de um outro judeu especialista em encontrar nazis.
É um momento particularmente tocante este encontro, a explicação de um e a decisão do outro.

Não sei porque é que lhe chamam "cinema italiano". Falando em inglês, sem nenhum actor italiano e passado quase inteiramente na Irlanda e nos Estados Unidos.
O realizador é italiano, talvez por isso.
A música é de David Byrne e o clip que se mostra deu o título ao filme.
Não perca.

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