25 Apr 2011

OMO


Terminada a segunda guerra mundial os aliados quando começaram a interrogar as altas patentes militares e civis tiveram uma surpresa enorme.
Ninguém tinha feito nada de reprovável.
Campos de concentração sim tinham ouvido falar muito vagamente, campos de extermínio então era um desconhecimento absoluto, pergunte ali ao vizinho que eu apenas cumpria ordens e já se sabe é isso que um soldado deve fazer e matar alguém , por favor eu?
Até o Hitler se não se tivesse suicidado era muito provável que afirmasse a pés juntos e de braço erguido que nunca tinha morto ninguém o que valha a verdade, coitadinho, até por factos reais era capaz de ser verdade.
Mandar fazer é uma coisa fazer é outra.

Pedro Feytor Pinto era um funcionário superior da Secretaria de Estado da Informação que tinha como primeira missão desinformar os portugueses só deixando que eles tivessem acesso fosse ao que fosse depois de convenientemente censurado.
Deu uma longa entrevista para publicitar o seu novo livro ao Expresso.
À pergunta sacramental " Tinha responsabilidades na Censura?" Salta logo a resposta-tipo . "Absolutamente nenhuma. Eu era apenas o responsável da repartição da imprensa estrangeira"
E para que não fiquem dúvidas "Você era contra a censura? Por definição era"
Estava a um passo do poder mas perguntado se conhecia o director da DGS, Silva Pais, é rápido " falei com ela uma vez num hotel em Angola,".
Ora sendo assim é claro que " Não sabia! (que havia tortura)A Vera Lagoa com quem falava muito contava-me muitas coisas mas nunca me falou em torturas. Nunca tive conhecimento só sabia das más condições nas prisões" que dois santinhos.

Tudo como dantes quartel-general em Abrantes.

No comments: