21 Jul 2009

O socialismo no seu melhor


Um aluno não pode ter tempo para tudo.
Eles são a ida ao café para dar dois dedos de conversa, uma passa, uma gaja, uma bejeca, a bola, curtir os ténis novos, uma passa, nalguns casos mais avançados fanar uma carteira e já na antecâmara da universidade, assaltar uma bomba de gasolina.

Gostava de escrever isto em linguagem moderna, não vá algum cair aqui enquanto procura a Floribela nua, mas não sei.

Agora o que eu sei é que se pode passar sem saber nada de nada.
Ora vejam:

No final do 3.º período, o conselho de turma reuniu, cada professor deu a sua nota e, no caso de José, o balanço era negativo. Augusto Sá nota, contudo, que para decidir se um aluno "passa" não basta "somar" as positivas e as negativas. "Há um percurso, há um contexto, há uma família..." E a decisão de passar José "teve em conta" tudo isso.

E lá foi para o 9º ano.
Mas há mais, vamos ouvir outra docente indecente.

Em casos destes, admite, os conselhos de turma preferem, por vezes, fazer subir administrativamente as notas dos alunos, para que na pauta do final do ano, que é pública, não apareça preto no branco uma decisão que causa estranheza na comunidade. Mas a escola decidiu assumir a decisão.

A mentira oficializada.
Agora até logo, vou inscrever-me e com um bocadinho de sorte daqui a sete dez anos sou advogado.

2 comments:

Carlos Diniz said...

Homem, sete anos? Não seja tolo!
Ano e meio, vá lá, dois anitos nas Novas Oportunidades.

fado alexandrino. said...

Desculpe, mantenho-me na minha.
Quero pelo menos saber folhear o Código Penal e escrever "meritíssimo" sem errar.