15 Jul 2007

É sobre fufas


Disclaimer
Este post têm afirmações que são repudiadas pelo Bloco de Esquerda, pela ILGA e pelos LGBT.
Se isto o(a) incomoda, não leia.
Usa ainda palavras que são (ou vão ser) proibidas na escrita comum.
Se alguma incomodar algum grupo étnico ou social, afirma-se que não foi essa a intenção.


Vivemos num mundo muito complicado.
É o mundo do faz-de-conta.
É o mundo do politicamente correcto, das palavras verdadeiras, proibidas.
Já não há bandalhos, há jovens.
Os grunhos que batem nas professoras são crianças emocionalmente instáveis de famílias problemáticas.
Os negros agora são africanos, afro-europeus, afro-americanos ou outra mariquice qualquer (a propósito mariquice também já não se pode usar).
Passou a haver auxiliares de educação e claro técnicos de limpeza urbana.
Isto porque há profissões que chamadas pelos nomes são degradantes, dizem eles.
E, fatal como o destino, a moda chegou ao sexo.
As antigas fufas e paneleiros passaram a integrar o subgrupo LGBT.

Eu, confesso a minha ignorância e espanto, não sabia que havia tantas e tantos.
Mesmo não se reproduzindo o que não deixa de ser uma bênção divina.
Ora uma simples crónica colocada há uns dias suscitou uma séria de comentários indignados e alguns insultos avulsos.
Um dos insultos, aliás recorrente, é de quem é contra estas modas tem algum problema mal resolvido, como se, na opinião deste subgrupo, todos quiséssemos ou devêssemos ser iguais a eles.

O que se questionava no post era a duplicidade de atitude entre a vida normal e uma parada em que orgulhosamente se mostravam como LGBT’s maneando ao Mundo.
Primeiro pensei que era por vergonha mas reflectindo melhor vi que não.
A vergonha é igual em público ou no privado e se num dos lugares não mostram qualquer pudor em se lamberem umas às outras, porque razões teriam de o fazer em público?

Não, a verdade reside em que mesmo elas têm a noção que a sociedade não gosta destas modernices não acha isto nada normal e não aceitaria com singela paciência que mostrassem em público o que fazem em privado.
Um dos argumentos mais debitados é que o lesbianismo é normal, é natural, só falta dizerem que é obrigatório.
Mas não é.
Se fosse normal todas o seriam.
E então o que aconteceria à humanidade.
Já ouviram alguma criança que diga que o pai é um dildo
?

28 comments:

Nuno Raimundo said...

LoL...
só o Fado para escrever isto eheh...

abr...prof...

Cristina said...

triste Fado...

fado alexandrino. said...

Por uma feliz coincidência hoje aqui este assunto é analisado de uma forma superior.
Para ler e meditar.

E, parece de propósito, a crónica de Leonídio Paulo Ferreira, complementa ambas.

fado alexandrino. said...

A campanha do lobby gay para a reconceptualização do casamento, de modo a incluir a união homossexual, não tem nada a ver com a igualdade de oportunidades. Visa antes a promoção da conduta homossexual e a desconstrução - não apenas semântica - do casamento e da família, tal como a esmagadora maioria das pessoas (com boas razões) os entende e preza

Alexandra Teté in Público de hoje (link não disponível)

Duca said...

Poderia não ligar nenhuma a este seu novo post que nada acrescenta ao anterior, pelo contrário, bate apenas na mesma tecla e sem nada de inovador. Mas, como vi no mesmo uma oportunidade, que lhe agradeço, para dizer meia dúzia de coisas não só a si mas a quem possa ler, não deixo passar.

Alexandrino, você mete-se em assuntos que desconhece de todo e, no entanto, ao escrever sobre eles coloca-se numa postura arrogante de quem os conhece, mesmo depois que assumir a sua "ignorância", assunção essa que não passa de uma tentativa para atirar areia para os olhos de quem o lê. Mas adiante.

O casamento, é um contrato criado há milhares de anos com o intuito de proteger os bens das pessoas. Apesar da influência judaico-cristã, a verdade é que nos nossos dias, um homem e uma mulher que pretendam casar-se religiosamente, têm que o fazer também pelo civil sob pena de o seu casamento religioso nada valer. Portanto, trata-se, em sombra de dúvida, de um contrato. Então porque razão não hão-de as pessoas do mesmo sexo celebrá-lo? Onde é que o casamento entre homossexuais visa "a desconstrução - não apenas semântica - do casamento e da família..."?

Se eu tiver uma casa onde moro com a mulher que amo e que me atura nos bons e maus momentos e me acompanha na doença até à minha morte, acha justo que seja a minha família, que em muitos casos se está nas tintas para mim, a receber a minha casa? E a mulher com quem vivi anos, vai viver para onde? Debaixo da ponte? Isto é apenas um pequeno exemplo no meio de muitos que validam a luta da comunidade LGBT ou as "fufas e paneleiros" como você desrespeitosamente lhes chama, para desejarem o contrato de casamento entre si. Eu posso até não me querer casar, mas quero saber que tenho esse direito.

A "simples crónica" que você escreveu no seu blog, insulta descaradamente as lésbicas, chamando-lhes desviadas e até pondo em causa a sua feminilidade chamando-lhes "quase homens" ou como pertencentes ao género "outros". As pessoas que comentaram no seu blog, em que me incluo, insurgiram-se contra esse facto e bem.

A protecção da nossa identidade nada tem a ver com qualquer tipo de vergonha que possamos sentir pelo que somos, apenas com o receio de encontrarmos homófobos, como você, que nos discriminem e persigam (não são a maioria mas estão em todo o lado, inclusive, nas posições de poder e decisão). É que, apesar de sermos uns "desviados" pagamos impostos, temos despesas, precisamos de trabalhar, etc. tal como você, pelo que, só posso lamentar que não entenda algo tão básico como isto.

O facto de a homossexualidade ser minoritária, não significa que não seja natural. Basta saber que sempre existiu e que existem, comprovadamente, comportamentos homossexuais em 1500 espécies observadas. Ora, existindo homossexualidade desde sempre, não vejo onde a demografia e a instituição Família ficou posta em causa por esse facto e até aos dias de hoje.

Esse argumento de que defendemos que a homossexualidade deveria ser obrigatória é um argumento sem qualquer razão de existir. É, antes, uma parvoíce de quem não tem argumentos válidos para defender a sua homofobia.

Nem todas as lésbicas usam dildo, Alexandrino, porque pura e simplesmente não precisam de nenhum falo para obterem prazer (eu sei que isto dói a muito machão, mas é um facto). Os filmes pornográficos com cenas sexuais entre lésbicas que pululam pelo mercado, não correspondem minimamente à realidade, porque são realizados por homens que apenas visam o lucro e, consequentemente, o universo erótico masculino, muito diferente do feminino.

Você pratica sexo em público? Tenho a certeza que deixa essa actividade para o privado, então porque razão as lésbicas haveriam de "se lamberem umas às outras" em público?

Outra coisa, Alexandrino, lembre-se que os homossexuais descendem de famílias heterossexuais tradicionais e, por estranho que pareça a algumas pessoas, a grande maioria dos filhos dos homossexuais e lésbicas (também os têm) são heterossexuais, o que só demonstra que, de facto, a orientação sexual da maioria dos seres humanos é heterossexual, portanto, é disparatado achar-se que só porque os homossexuais desejam ser cidadãos de pleno direito, defendam que a homossexualidade passe a ser "obrigatória" para toda a humanidade, visando que a espécie humana deixe de se reproduzir.

Olhar o sexo apenas como o objectivo de procriar, pondo de parte o prazer, é uma postura hipócrita pois que, em nada está de acordo com a forma de viver a sexualidade por parte da humanidade. Mesmo aqueles que defendem este conceito, não o praticam.

Recordo-lhe ainda que a Lei Constitucional nº 1/2004 veio completar a formulação do Princípio da Igualdade acrescentando ao artigo 13º da Constituição da República Portuguesa (CRP) a expressão "ou orientação sexual". Se antes a luta dos LGBT pela sua completa e total integração era socialmente legítima, actualmente é-o, pelo menos em Portugal e outros países, legalmente. Portanto, as manifestações homofóbicas servem apenas para uma coisa, caírem em saco roto.

Alexandrino, o mundo é a cores e lembre-se que mesmo aqueles que o vêm a preto e branco, não devem descurar o cinzento e os seus vários tons.

Seja feliz

Sweet Porcupine said...

Fado Alexandrino,
1º- Vá estudar história!
2º- No melhor pano cai a nódoa.....esperemos que seja cliente do cinc á sec!
3º-Ja agora.....quando faz amor com alguém....por acaso também não lambe??Ou faz sexo virtual?
4º-....que triste mentalidade!

fado alexandrino. said...

DUCA disse...

Muito obrigado.
As suas preocupações sobre o casamento devem ser enviadas a Alexandra Teté que é quem assina a crónica.

Sobre o resto vou preparar uma resposta que terá que ser cuidadosa, pois as lésbicas pertencem todas a elevados estratos sociais e culturais.

Anonymous said...

Incompreensível.
Direi mesmo inadmissível.
Claro que o "fado alexandrino" tem, como qualquer pessoa, o direito à opinião.
Deve é assumir, desde logo, o respeito para com seres IGUAIS A SI.
Porque são SERES HUMANOS, independente dos gostos sexuais.
Não venha com retóricas maxistas porque este "post" o atira para a valeta.
Não merecerá mais comentários da minha parte.
Registei e ... adiante.

Anonymous said...

Absurdo...~que visão do mundo e da vida tão limitada. Há pessoas realmente muito pequeninas.

fado alexandrino. said...

Muito obrigado.
Uma das visadas respondeu, elegantemente, com argumentos.
Os senhores anunciam estados de alma.
Não sou padre.

Blue said...

O senhor desculpe-me mas com que direito se arroga a atirar pedras contra quem não conhece, quem vive realidades muitíssimo diferentes das suas e que preza os seus direitos tanto como o senhor deveria prezar os nossos?

Somos mulheres inteligentes sim, somos filhas, somos mães, somos irmãs e somos pessoas de bem, não gostamos de ódios gratuitos e não estamos aqui para forçar nada nem desconstruir nem acabar com nada. Apenas procuramos ser felizes junto de pessoas com quem nos identificamos mais, gostaria de saber porque é que isso o incomoda tanto!

Ah e já agora se me permite um reparo tem um erro de ortografia crasso no seu epitáfio, digo, no header do seu blog... "make my words sweet amd reasonable"?? Deve ser por isso que as suas palavras não são nem uma coisa nem outra! Espero que não morra de indigestão mas se isso acontecer olhe que não foi por falta de aviso!

fado alexandrino. said...

Blue disse...

Muito obrigado.
Ao que parece já conheceu o melhor de dois mundos.
O resto da resposta poderá ler, se assim o entender, oportunamente.

silvia said...

Duda bem dito!

Duca said...

"... pois as lésbicas pertencem todas a elevados estratos sociais e culturais."

Ó Alexandrino, mas acha que caio numa armadilha dessas?

É claro que as lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros não pertencem todos a estratos sociais e culturais elevados!

Está a querer destinguir-nos da restante humanidade para arranjar argumentos para a sua homofobia?

Engana-se, Alexandrino, nos LGBT há de tudo; bons, maus, cultos, incultos, ignorantes, sábios, ricos, pobres, medianos, etc. tal como toda a gente!

A discriminação contra os LGBT não tem qualquer razão de existir, pois não se baseia em nenhum factor que a justifique. O único, factor que diferencia os cidadãos LGBT é a sua orientação sexual, pois em tudo o resto são pessoas iguais a todas as outras.

Anonymous said...

Caro(a) Fado Alexandrino

Li o seu post de 10 de Julho e na altura senti-me tentada a comentá-lo. Por alguma falta de tempo e também por achar que este tipo de discussões só cresce quando se alimenta, decidi na altura, não me meter na conversa.
Com a leitura deste seu post de 15 de Julho, não resisti a deixar por aqui o meu comentário. Afinal a discussão já estava mais que lançada e o seu post e 15 de Julho é para ela um verdadeiro adubo.
Considero-me sensata, e, sim, sou membro daquele que na sua classificação dos humanos em função das suas orientações ou tendências sexuais (não na minha) divulgada no seu post de 10 de Julho é grupo dos outros. Enfim, sou uma outra para si.
Não gostaria de entrar em discussões de senso comum acerca de LGBT, nem muito menos em discursos de carácter científico (que com essas até pode a porca torcer o rabo - parece estar provado que há determinantes genéticos da homossexualidade) que poderiam levar-nos a discussões que responsabilizassem os heterossexuais pela existência de outras orientações sexuais. Não quero nada disso, só me apetece comentar, dar a minha opinião que por isso mesmo, por não passar de uma opinião, não carece de grandes fundamentos.
Apesar de ter verificado que o (a) Sr (a) Fado Alexandrino recebeu alguns comentários de maior animosidade, não deixei também de reparar, que graças a estes posts atingiu um número record de comentários no seu blog. Era ao que eu receava, quando alguém como o Sr (a) ou por exemplo o Sr. José Cid Falam destas coisas, surge logo muita gente indignada (legitimamente porque a indignação é tão legitima quando o direito À opinião) que alimenta a discussão e até contribui para popularizar quem não o merece. No meu entender, a maior parte destas discussões merece apenas ser ignorada. Afinal, ninguém se indigna quando se dizem baboseiras apenas por não se saber nada acerca do que se está a falar, por emitir uma simples opinião. Só que o problema não está aqui no facto de o SR(a) ter opinião, todos as temos e temos direito a isso. O problema está em achar que a sua opinião é a verdade e que deve ser a base da norma e por isso regular padrões sociais. Com isso, minha (meu) cara (o) Sra (Sr.) já não posso concordar. Se se manifestasse um (a) verdadeiro (a) liberal, teria toda a minha simpatia, assim, nem por isso.
É engraçado como me sinto já tão conhecedora da sua pessoa: Sei que não é padre mas que acredita em Deus. Sei que é de baixa estatura (penso não ser uma metáfora) mas que sente que Deus o compensou por isso com algo grande (que também penso não ser uma metáfora). Sei também que a sua palavra favorita é desabrochar. E sei ainda que é uma pessoa que muito sabe acerca de violações, e que até acha as mais raras saborosas.
Sei tudo isto, nem sei bem porquê. Não sei se porque é de um tipo de pessoa bastante comum e por isso sobejamente conhecido de todos, ou porque cada um é um pouco o que escreve? Vou mais por esta segunda hipótese, afinal se lermos atentamente os seus escritos percebemos porque sei eu (sabemos nós) tanto acerca de si. E passo a citá-lo (a):
“Os senhores anunciam estados de alma. Não sou padre. …“;
“…Mas comecei a afinar quando as piadas sobre a altura … eu também sou pequenitote. Mas Deus, na sua sábia antevisão, deu a todos os minorcas qualquer coisa grande para compensar. No meu caso a troca foi vantajosa e estou satisfeito Não se deitam a adivinhar que eu confirmo e não desminto …,”
“…e como uma das perguntas é qual a palavra favorita, a minha é desabrochar….”
“… as violações são praticadas por homens a mulheres e por mulheres a homens (estas mais raras e até por ventura saborosas). Nunca vi violar ninguém com um dildo.”

Pela minha parte encerro este já muito longo comentário desejando-lhe sineramente: que seja feliz, que desabroche, que Deus nunca encontre motivos para lhe retirar a grande compensação que um dia lhe atribuiu pois afinal todos os crentes sabem que o Deus dá .. Deus pode tirar.

Ferónica

fado alexandrino. said...

Feronica disse...

Muito obrigado.
Gostaria de lhe tirar uma dúvida que aliás não percebo como lhe surge.
Sou homem, já desabrochei para a vida há muito tempo, deitei sementes e espero calmamente a minha hora na graça de Deus.
Apreciei muito os seus comentários no seguimento da sua colega que mostram que se não todas, a maioria das lésbicas pertencem a uma estrato social muito elevado.

Eu não pertenço e por isso mesmo ando no meio de quem sobre o vosso e outros comportamentos emite o vernáculo.
Quero crer que a senhora e a outra senhora perceberão melhor o meu pensamento com o próximo post com o qual darei por encerrado este assunto.

Wonder Woman said...

Aproveito para reiterar algo que não fico claro para si:
- A homossexualidade sempre existiu, nem por isso a Humanidade ruiu.
- Deve-se grandes feitos e obras a pessoas que por acaso tambem eram homossexuais.
- As pessoas homossexuais não andam pela rua a alardear a sua sexualidade tal como as pessoas heterossexuais tambem não o fazem, tenho a certeza que não se apresenta como fulano tal - hetero.
- Aproveito para desmistificar algumas das suas ideias, nem todas as lesbica têm um aspecto masculino, nem a maioria são cultas e pertencem a uma estrato social muito elevado.
Face ao "sumo" dos seus posts devemos concluir que pratica sexo apenas para procriar, diz que tem sementes, e dada a sua necessidade de pertencer á "normalidade" á maioria, extrapolamos e conclui-mos que o sr teve sexo apenas 1,3 vezes na sua vida, talvez por isso guarde dentro da sua alminha tanto desprezo e interesse pela de outros que trabalham e vivem sem incomodar ninguem.
Espero sinceramente que nenhuma das suas sementes se tornem LGBT, de preferencia que sejam marginais a marginalizados, isto para que se sinta mais feliz e seja coerente com os principios que enuncia.
Quando a Duca e Feronica elevam o nivel o sr não tem resposta á altura! O sr é um bluff, apesar de ouvir boa música e visitar exposições do museu berardo (provavelmente nos dias gratuitos).


Meu caro penso que consegue compreender tudo quanto foi comentado sobre este tema, torna-se desnessário um proximo post, a não ser que sinta necessidade de demostrar que a estupidez Humana é como a imaginação - Sem limites!

Parabens por finalmente o seu blog ser notado, conseguiu os seus momentos de gloria á custa de insultar pessoas que não conhece, pois é evidente que nunca teve conscientemente amizade com nenhum LGBT, africano ou portador de deficiencia, porque a si a diferença incomoda e deve ser saneada.
Perante isto, recuso dorevante a fazer-lhe comentários de qualquer especie ou a ler o seu blog, se pretender comentar pode mandar-me um mail, na certeza porém que os comentarios aqui colocados em nada alteram a sua falta de tolerancia.

fado alexandrino. said...

Wonder Woman disse...

As pessoas homossexuais não andam pela rua a alardear a sua sexualidade

Vá lá dizer isso ás suas colegas das várias Gays Parades

Anonymous said...

SUICIDA-TE frustrado

Paula (Lésbica com muito orgulho) e sao homens como tu que fazem desta sociedade a "merda" que é

Anonymous said...

mesmo sério que alguém com menos de 40 anos ainda se rala com estes assuntos?
Sem querer ofender ninguém , que fique claro , há só um aspecto deste tema das sexualidades alternativas que me faz alguma curiosidade e me parece altamente extranho : a efeminização dos homos( às vezes são mais patéticos que uma mulher patética)e a masculinização evidente de muitas lésbicas : Não levem a mal , mas algumas parecem uma imitação grotesca de um homem . De aí eu não perceber bem do que gostam , se de mulheres ( ou homens), se de imitações histrionicas de machos e fémeas.
De resto ,espero que toda a gente seja amada como merece e por quem quiser.

Duca said...

Anonymous

Essa ideia da pretensa masculinidade das lésbicas e feminilidade dos gays é outra falácia, baseada em algo tão descartável como a roupa que se veste, os sapatos que se calçam ou o corte de cabelo que se usa, para já não falar nos estereótipos convencionados.
Os géneros masculino e feminino não são tão frágeis ao ponto de se mudarem consoate nos apetece vestir uma calça ou uma saia.
A comunidade LGBT é pela diversidade. E, como é evidente, havendo vários tipos físicos de mulheres e homens, também os há quando são lésbicas ou gays. Desde a mais ousada butch (mulher com uma forma de vestir e comportamento que se convencionou do tipo masculino) à mais diva das femmes (mulher com uma forma de vestir e comportamento que se convencionou do tipo feminino), há de tudo, não esquecendo as diversas gradações entre os dois tipos. A forma de vestir nada tem a ver com orientação sexual nem com género. Conheço mulheres heterossexuais que se vestem, apresentam e comportam de forma bem mais masculina que muitas butches.
A verdade, é que quando despem a roupa, tanto as butches como as femmes têm corpos femininos e não masculinos, portanto, são mulheres. Mesmo quando têm posturas mais aguerridas ou agressivas (muitas vezes para evitarem ser assediadas e discriminadas) as mulheres lésbicas, não deixam de ter os valores e sentimentos inerentes ao género feminino.
Se conseguir convencer uma mulher heterossexual e bem feminina na forma como se apresenta, a cortar o cabelo bem curto, a vestir calças e camisa largas e masculinas e a calçar uns sapatos rasos e com atacadores, vai ver se ela não fica com um aspecto masculino. E, no entanto, ela deixou de ser uma mulher? Claro que não! Não virou macho por esse motivo. E quanto ao aspecto físico, basta que tire as roupagens para se ver o seu corpo feminino.
As lésbicas sentem-se atraídas sexualmente e emocionalmente por mulheres, independentemente da forma como se vestem e se sentem mais confortáveis, não por homens ou por essa qualificação que inventou, ou seja, "imitações histrionicas de machos e fémeas".
Portanto, não dê tanta importância à vestimenta e a aparentes comportamentos, a não ser que você receie ser enganado por um homem vestido de mulher.

Anonymous said...

obrigado por ter respondido , Duca.
Espero que compreenda que não tenho nada a ver com discriminação. Éste tipo de assunto é complexo para ser discutido desta forma , mas como indivíduo fazendo parte da tal "normalidade" , gostaria de lhe expor a minha visão. Não creio que seja precisamente a opção sexual homossexual das pessoas que causa constragimento nos outros. Não é verdade que vestindo , por exemplo, o Castel branco , de homem ,que se deixa de perceber,^à légua , que ele é homo. E despido , ninguém diria que é mulher. Quando falei em masculinização não me referia `roupa , e uma mulher feminina fica feminina na mesma com roupa de homem . É uma questão de atitude e de gestos e de mimica e de detalhes( como a forma de mexer no cabelo , ou um par de brincos , ou um sorriso). De aí , eu pensar ,e pode estar errado , que o mal estar sentido por alguns mais formatados , está na dissonancia cognitiva que desperta atitudes culturalmente atribuidas a um sexo , noutro. Deixamos de saber como vos tratar (quer dizer, àqueles que assumem essas atitudes): è homem, mas gesticula e é vaidoso e tem comportamentos de mulher- como é que é?trato-o como mulher ou homem? No caso de uma lesbica masculina é o mesmo- falo com ela como mulher , de tachos e panelas , ou de carros e futebol?
Isto é estupido , eu sei, mas foi assim que fomos condicionados desde a infancia. Meninos , azul; meninas , cor de rosa.
Nem tem a ver com menina come menina , é mais bem :menina usa azul.
E pronto, de resto continuo com a minha : mundo precisa é de amor , independentemente das formas que venha revestido.

Anonymous said...

e já agora , penso que no vosso meio há tanta diversidade como no meu , logo generalizações são erradas. Os heterossexuais também se dividem em grupinhos : há os que fazem assim e há os que fazem assado..
Alguém deixou um comentário ao Fado sobre genética e pudor. Pudor ,é mesmo feminino .há comportamentos animais, reportados pela etiologia noutras especies, similares. Não sei muito sobre isto ,mas sei o suficiente para saber que nãp há equivalente às saunas masculinas e quartos escuros no universo das lesbicas. Errei?

Cristina said...

Fado

dado o teor do post só tenho que te felicitar, e até surpreender-me pela dignidade e a grande qualidade das respostas.
grande, grande lição, sim senhoras!
é nisto que se vê a diferença, finalmente tens uma audiência de jeito..:))

fado alexandrino. said...

Muito obrigado.
É verdade. Contra a expressão do meu modesto sentir para o qual reclamo toda a legitimidade, recebi de volta todos estes comentários, expressos por pessoas que habitam meios sociais bem elevados.
Acho que saímos todos enriquecidos.

Paula Brego said...

Post excelente!
Se fôssemos todas como o Fado Alexandrino havia menos pouca vergonha!

Anonymous said...

Para as ducas de paus e companhia:

Se a homossexualidade fosse normal; Deus tinha criado e Adão e Ivo !!!

Anonymous said...

é pena ainda haver pessoas que pensem assim.
Será que não tem mais nada com o que se preocupar do que com a vida dos outros??
se duas pessoas se amam eu acho muito bem que se afirmem juntas... independentemente do seu género. Não é um bando de homófobicos e hipócritas que me vai impedir de amar quem eu quiser...