Ao primeiro assalto

Canijo é o maior realizador português vivo.
Ferreira é o  maior crítico cinematográfico português, felizmente também vivo.
Neste pugilismo que levaria Roberto De Niro às lágrimas o primeiro tem uma boa e saborosa desculpa.
Ele gosta muito de vinho.
Um dia bebeu no Eleven uma garrafa de Montrachet Romanée-Conti de 1990 pelo preço de 750 euros.
Uns dias depois voltou ao mesmo restaurante e, vamos ouvi-lo:

O motivo era uma comemoração especial, a concretização de um projecto profissional. Convidei para jantar dois dos meus amigos mais íntimos, também ligados ao tal projecto profissional, os dois grandes apreciadores de bom vinho

E por atrapalhação dele e do empregado bebeu um Romanée-Conti Monopole de 1996 que lhes soube muitíssimo bem. Quando veio a conta a "pomada" custava 2,800 euros, houve uma pequena atrapalhação, o projecto teria que levar um pequeno corte mas pagou e foi à sua vida.
Desde essa altura e à cautela que os subsídios são difíceis de arrancar das mãos do Estado passou a beber o vinho da casa.
Que por vezes cai mal e provoca azia.
O Ferreira estava simplesmente no sítio errado na hora errada no murro certo.
Azar.