Terminaram os Jogos
Olímpicos de Verão realizados em Londres.
A cerimónia de
encerramento foi arrasadora e mostrou de maneira exuberante a organização e
rigor do povo inglês, tudo certo, tudo no momento sem lugar a improvisos de
última hora.
Sabiam ao que iam e
fizeram.
Também houve por lá
portugueses.
Deviam saber ao que iam,
os jornais sempre exuberantes apontavam os futuros medalhados. Como se fossem
para alguma expedição arriscada foram recebidos pelas Altas Individualidades
com discursos de circunstância.
Chegaram e as maiores
vedetas desapareceram logo no primeiro embate.
Os motivos são os de
sempre, azar, vento, sol, chuva, quebra psicológica, frio, nevoeiro etc.
Vai ser sempre igual, de
vez em quando por milagre lá aparece um que se destaca.
Desta vez coube a dois
moços que andavam lá esforçadamente remando.
Coitados, os políticos e
os governantes agarraram-se-lhes logo como lapas.
Nunca tinham aparecido nos
telejornais e de repente passaram a heróis nacionais.
Trouxeram a única medalha
lusa.
Houve outro que também
saiu do anonimato.
Suando conseguiu um nono
lugar na disciplina onde competia.
No fim, depois do
retemperador banho proferiu uma declaração política
“"Não sei se este nono lugar me dá equivalência
a alguma disciplina de fisiologia do desporto ou alguma coisa. Caso não dê, vou
ter mesmo de voltar a estudar."
Tudo
normal.
Um tuga
não é por correr mais depressa, saltar mais alto, ou nadar melhor que deixa de
o ser.
Até
parecia mal.
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