Hoje os hospitais trabalham, há electricidade, há telefones, há televisão, os semáforos funcionam, há polícias, os aviões voam, os comboios e autocarros circulam, alguns cafés, bares e restaurantes abriram, enfim aquilo que faz parte de uma cidade moderna funciona.
Há milhares de pessoas que trabalharam na noite de 24 para 25 e outros tantos trabalham no dia de Natal.
Eu próprio fiz uma boa dezena de noite de consoada, Natal e passagem de ano.
Há milhares de pessoas que trabalharam na noite de 24 para 25 e outros tantos trabalham no dia de Natal.
Eu próprio fiz uma boa dezena de noite de consoada, Natal e passagem de ano.
Só uma coisa não há, parece que por tradição. Jornais.
Não deixa de ser curioso que uma classe profissional que passa a vida a apontar qualquer falha por minúscula que os outros façam, qualquer atraso ou qualquer erro se dê ao luxo de mandar dar uma volta ao bilhar grande aqueles que esperavam ter um jornal para ler as últimas notícias.
Mas em tudo na vida há sempre uma certa ironia.
Um jornal furou esta grave de zelo, foi o Jornal de Notícias.
E é irónico porque escreve lá um simpático velhinho o Manuel António Pina grande admirador do PCP e por vezes em causas mais fracturantes do BE que no mesmo dia em que a direcção anunciava que ia colocar os funcionários em escravatura para produzirem o jornal de hoje, se irritava contra os donos dos hipers porque eles “pretendem aumentar o horário de trabalho dos seus trabalhadores de 40 para 60 horas por semana”.
Em casa de ferreiro …
2 comments:
"António Pina grande admirador do PCP e por vezes em causas mais fracturantes do"
É o homenzinho de uma colunita do JN que oscila entre o jacobinismo bacoco e uma viagem ao Zimbabwe como único jornalista acreditado às eleições na quinta de Mugabe.
É esse mesmo.
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