2 Dec 2009

Pare, escute e ria




A estação de Lisboa do TGV deveria ser no Pinhal Novo.

Não é para rir.
Um especialista ferroviário vem afirmar que não havendo dinheiro para construir a terceira travessia sobre o Tejo os senhores passageiros de Lisboa que queiram ir até Madrid, devem primeiro ir de carro, de ronceiro comboio, a pé, de táxi ou de boleia até um lugarejo prós lado de Setúbal e aí apearem-se mais a bagagem e ir tirar o bilhetinho para Madrid.

E por que é que esta solução além de mais barata é útil para os tugas.
Ora nem mais porque:

Quem quisesse poderia utilizar a viatura particular, estacionando o seu automóvel na estação do Pinhal-Novo, em vez de o fazer em Badajoz, o que pouparia tempo, num percurso de ida e volta de cerca de 360 Km.

Poupa tempo, poupa gasolina e os mais espertos ainda podem poupar muito mais se simplesmente apanharem uma low-cost na Portela e abalarem para Madrid ou mais longe ainda.
E ainda haverá os mais sortudos, aqueles que arranjando lá um emprego nem sequer voltam.

Por supuesto

2 comments:

dalloway said...

É impossivel não gargalhar: ler o post com esta banda sonora é qualquer coisa de...fantástico :))

Gabriel Órfão Gonçalves said...

Podem agradecer a esse génio, adiantado mental, mesmo, da Engenharia portuguesa, que dá pelo nome de Ferreira do Amaral, mais o na altura Querido Líder Cavaco Silva, por em 1998 não terem conseguido fazer uma ponte melhor que a que o Salazar fez em 1966 (32 anos antes!). Esta última tem 6 faixas de rodagem e via ferroviária dupla. A primeira tem... 6 faixas de rodagem... e já chega. Mas o povo português, em vez de responsabilizar Ferreira do Amaral por esse erro absolutamente inenarrável que foi construir uma ponte sobre o Tejo sem lugar para a ferrovia, nada disse e nada continua a dizer.
Actualmente outro adiantado mental, de nome Sócrates Pinto de Sousa, prepara-se para outro erro de consequências dramáticas: em vez de ligar Sines a Beja por ferrovia, vai fazer uma auto-estrada ou um IP ou lá o que é. Mas o povo, burro, estúpido, nada diz.
"A revolução industrial nunca chegou a Portugal" dava uma boa tese de mestrado, ou mesmo mais.