16 Oct 2007

Prós e Contras



Ontem houve mais uns Prós e Contras.

Desta vez era sobre a Guerra Colonial ou Ultramarina ou Movimento de Libertação dos Povos Oprimidos, conforme o olhar que cada um lhe deita.
Ninguém se lembrou de lhe chamar simplesmente Movimento de Defesa Contra A Agressão que Sofremos.
O motivo de este nome ter sido suprimido é muito fácil de perceber.
Os senhores oficiais que fizeram o movimento corporativo contra o Governo achavam que as províncias ultramarinas não eram Portugal, isto depois de lá terem feito, muito agradados, várias e lucrativas comissões de serviço.
Aliás, falar-se aqui em serviço também não é correcto.
Basta lembrar que eles tinham jurado defender a Pátria e num instantinho deitaram todos esses lindos conceitos para o caixote do lixo juntamente com os seus desgraçados irmãos que lá estavam e que como perigosos negreiros e colonialistas assim foram tratados à chegada, uma situação mesmo assim melhor do que os milhares que lá morreram graças a estes libertadores.

Houve, no entanto, um momento particularmente tocante.
Um negro, nascido na Guiné e que de armas na mão a defendeu dos comunistas (hoje transformados em vulgares gatunos e ditadores do seu próprio povo) quando lhe perguntaram porque é que o tinha feito respondeu muito simplesmente – eu nasci português.

Um assassino moral sentado a seu lado, de seu nome Otelo Carvalho, deve ter sentido um friozinho pela espinha abaixo.

Uma qualidade o programa pelo menos teve.
Mostrar que alunos do Cunhal, como é exemplo o Duran Clemente que também botou faladura (o vício de pivot da televisão está-lhe na massa do sangue), nunca teriam permitido que esta discussão pudesse existir.

Os dogmas não têm contestação.

6 comments:

Anonymous said...

Olha o fascistóide do Alexandrino!
Há tanto tempo que não lhe davam um ossinho tão bom para roer.Lá teve o Prós e Contra para poder fingir que pensa.
Esse "ressabiamento colonial" ainda não lhe passou?

fado alexandrino. said...

Muito obrigado.
Conheci Tete e agora pode aproveitar o post que se seguiu para conhecer o que se pensa sobre o assunto.

Anonymous said...

De facto depois de ver o programa, percebo o tipo de canalha que nos tem governado neste últimos trinta anos, os mesmos que eu tenho ... cambada de traidores que abandonaram à sua sorte milhares de portugueses,( angolanos, moçambicanos, cabo-verdianos, guineenses e timorenses) sim todos eles eram portugueses. A ignorância que grassa neste país aliada à falta de carácter de quem nos governa é absolutamente assustador ... na falta de argumentos sólidos e resultado da propaganda de trinta anos de regime pós 25 de Abril, acenam com o demónio do fascismo, que a propósito nunca existiu em Portugal ! Estudem História ...

Anonymous said...

Não diga barbaridades, Cristina.
A menina não aprendeu pela cartilha do grande barreirinhas, que a terra lhe seja leve como chumbo? Olhe que ainda vai a tempo. Compre-a. Consta que têm lá algumas a ganhar bolor e a servir de pasto à traça.

Carlos said...

Muito obrigado.
Não foi em vão que Cunhal aprendeu as tácticas da lavagem ao cérebro que depois deligentemente aplicou aqui.
Vamos a ver o que nos reserva o resto do documentário mas a determinado ponto há-de (é fatal como o destino)inflectir para a esquerda.
Há hábitos que custam a perder.

Anonymous said...

Srº Carlos:
Do Barreirinhas não quero nada, a não ser que a terra lhe seja mesmo bem pesada ......a ele e a todos os que traíram os portugueses.