17 Jan 2010



O terramoto que devastou o Haiti criou uma tragédia de proporções inacreditáveis num dos países mais miseráveis de todo o mundo.
Os infelizes que sobreviveram não têm nada, nem tecto nem água nem comida, nem medicamentos, nem esperança, literalmente estão entregues ao destino.


Hoje passando casualmente pela SIC assisto ao diálogo entre a locutora que estava em Lisboa e um papagaio enviado para lá, o senhor Luís Costa Ribas.
E ele explica, tem que ter muito cuidado porque não o podem ver nem a beber nem a comer.
Os mantimentos comprados na vizinha República Dominicana estão escondidos na bagagem do carro, uma vez que, lastima-se ele, não há hotéis.
Á noite vai a correr para o aeroporto onde estão as tropas que protegem estes senhores que fazendo um turismo um pouquinho obsceno incomodam aqueles que esperam a morte.


E eu pergunto, mas para que é que este fulano vai para ali com toda a sua segurança e a certeza de um regresso á civilização, passeando-se por entre a morte e o desespero, comendo e bebendo ás escondidas e olhando a desgraça.
Para ma mostrar?
Não preciso, preciso é que médicos ocupem o lugar onde este está.

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