6 Jun 2012

Título : No País das Maravilhas

O cinema português, falemos claro, é uma merda.
Faltam bons argumentos, os actores só sabem declamar e os realizadores causam sono ao desprevenido espectador.
Tenho a solução.
Um pacato e bem vestido cidadão vai por uma rua de uma calma cidade acompanhado de uma desconhecida senhora conhecida tempos poucos atrás.
Ele conhece todos os vícios (do mundo) e ela atenta ouve.
Vão descontraídos e alegres.
De repente da sombra salta uma mulherona (quando houver cheiro nas salas ela deve cheirar a vinho a martelo) que agarra a senõrita imobilizando-a.
O cavalheiro faz disso mesmo e atira-se a ela.
Mas aquilo tinha um plano.
E da sombra ainda mais profunda salta o meliante que armado de uma faca e de umas patas bem providas ataca o cidadão atira-o ao chão rouba-o e ele e ela fogem.
Mas aquela cidade não era uma cidade vulgar.
A polícia sempre atenta sempre vigilante estava lá como estava em toda a parte, sempre.
E apanha imediatamente a versão tuga da Bonnie Parker, agachada.
Dá-lhe umas boas porradas (é um filme não esqueçam) e leva-a aos empurrões para a esquadra.
E aqui temos a reviravolta que pode fazer deste argumento um candidato a Oscar.
Naquele país os tribunais julgavam como estando noutro país embora falassem a mesma língua.
E como a cabrona não tinha "antecedentes criminais" ou seja ainda está numa fase de treino e neste filme ninguém tinha morrido foi mandada em paz e convidada a ir à esquadra para uma conversa de vez em quando.
Não vale a pena virem-me chatear a dizer que é plágio.

1 comment:

Pekota said...

Bem me pareceu que esta história não me era estranha...)))
Os n/realizadores encomendam o texto aos mesmos de sempre e por isso temos o cinema que merecemos. A primeira frase do seu post diz tudo...
E por mais que haja coisas novas e ideias muito giras, como não dão hipótese a novos escritores, nem os subsídios poderão ser para desconhecidos, continuamos com a mesma porcaria de cinema. E sei bem do que falo!