Este facto é, infelizmente, mais banal do que a maioria de nós imagina.
Mas esta era uma criança especial.
Era estrangeira, loira e bonita e os pais segundo parece tinham conhecimentos.
E como havia poucas histórias para mostrar nos telejornais os senhores jornalistas agarraram-se a ela com unhas e dentes e foi o circo que foi e continua a ser.
Hoje um senhor popular que estava ali embasbacado a ver tudo respondeu com muita candura à pergunta; Porque é que está aqui? O dia não estava bom para a praia.
Antes outro fulano que andava por ali começou a fazer muitas perguntas e a dar poucas respostas, uma jornalista embirrou com ele e após um interrogatório de uma dezena de horas foi constituído arguido.
E, quatro meses depois, assim continua.
Agora um cão acusou a mãe da criança por ter cheirado odor a cadáver nas roupas e no ursinho fetiche.
E lá vai ela para interrogatório que se prolongou por onze horas, leiam outra vez onze horas.
Foi dormir e voltou para a segunda volta de perguntas que durou seis horas.
Agora foi o pai para perguntas e respostas.
Entretanto a direcção da PJ vai abrir um rigoroso inquérito ao que aconteceu ontem em Viana do Castelo.
Recorde-se, assaltaram um banco em plena luz do dia, furaram uma barreira policial, andaram uns quilómetros em contra-mão, queimaram o primeiro veículo, roubaram outro e fugiram depois de dezenas de quilómetros de perseguição, levaram um ferido ao hospital e sumiram-se isto na cidade onde decorria uma conferência europeia.
O inquérito não tem prazo.
Aguarda-se que os
Isto não se passa na Somália.
É aqui.
Podia acontecer-lhe.
10 comments:
O governo começa a ter grandes concorrentes ao seu posto de ladrões!
Quanto ao rapto/homicidio/ocultação de cadáver (o que lhe quizerem chamar) ainda há muito para explicar.
mas uma coisa é certa. fica o "abre olhos" ao governo. se querem que a nossa policia seja mais rápida na resolução dos casos, há que investir num bom centro de análise de provas forenses. já chega de estarmos dependentes dos outros para tudo e mais alguma coisa.
abraço
Obrigado.
Absolutamente de acordo, Infelizmente prefere-se investir em submarinos.
Nota: Ouvi com agrado que o novo Código Penal vai apenas permitir interrogatórios de quatro horas com pausas de uma hora.
Já é uma melhoria.
Não concordo com a diminuição do número de horas.
Muitas vezes é pela exaustão que se conseguem confissões ou pistas importantes.
Não tarda, estamos a fornecer refeições inter interrogatórios para indiciados e/ou arguidos.
O ministro Rui Pereira diz que o crime está a diminuir em Portugal, que a ordem democrática blá blá blá, que está tudo bem com as polícias, blá blá blá blá... Uma jornalistazeca ultimamente muito promovida por acompanhar um senhor com ares de importante indigna-se por causa de um vídeo em que um polícia arreia num marginal qualquer às quatro da manhã...
Um amigo meu, polícia, diz-me em segredo que os polícias nunca se sentiram tão desprotegidos e tão ameaçados pelo poder... e que rezam a todos os santos para não terem de dar umas sarrafadas, por mais precisas que sejam, porque se isso acontecer, têm grandes hipóteses de lhes fazerem a folha...
Enfim, a democracia libertária a instalar-se e o Zé Pagode cada vez mais entregue à bicharada...
dasssseeee disse...
Tem toda a razão.
Aposto que é uma anti-fascista e que condena aquilo que a PIDE fazia tão bem e que era a tortura do sono.
La Minute disse...
Nem mais.
O ministro Rui Pereira é um perfeito tolo.
Só aqui, neste quintal, ele podia ter afirmado que os meios aéreos de combate aos incêndios eram excedentários e continuar no poleiro.
Quanto aos polícias estão completamente desautorizados.
E mal preparadas.
Repare, ontem um deles avisado pela rádio chega ao local do assalto (sem saber quem e como lá estava) e dá um tiro para o ar e grita “polícia”.
Deu no que deu.
Não tenho nada de democrata. Ao contrário, sou pela justiça.
Vamos então aliviar os candidatos a criminosos ou os que para lá caminham?
Comigo não contam.
Caçadeira de cano serrado e pimba.
Corta-se o mal pela raiz.
dasssseeee disse...
dasssseeee, não me diga que é de Fafe.
Sinceramente não percebo a pergunta.
Se explicar, responderei. Com toda a certeza.
Conta-se, em lenda, que em Fafe se fazia justiça rápida e sem muitas perguntas uma espécie de para lá do Marão mandam os que lá estão
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