4 Sept 2007

Leve um frasquinho e faça na rua


O senador Larry Craig é uma larilas falso.
José Vítor Malheiros assume-se como jornalista.
Hoje têm um encontro fatal nas páginas do Público.
Nos entretantos avisa-se que Malheiros tem muito pouco tempo livre para escrever pois, como representante máximo da versão paga on-line, está preocupado em resolver os erros diários.
Ainda hoje, por exemplo, queria ler o artigo “Américo Amorim propôs compra do Campo de Tiro de Alcochete a Paulo Portas” de José António Cerejo mas não me deixaram.
Voltemos então ao assunto principal.

Deixemos os preliminares e vamos direitos ao assunto nas saborosas palavras do senhor jornalista:

Em seguida, Craig entrou na cabina à esquerda do polícia (a divisória não chegava ao chão e deixava ver os pés do ocupante do lado) e bateu várias vezes discretamente com o pé no chão - o que o polícia diz ser um sinal usado pelos que pretendem envolver-se em "actividades obscenas". O polícia não bateu o seu pé, mas levantou-o e baixou-o, para dar a Craig um discreto sinal de aquiescência com a sua proposta de "conduta obscena". Craig deslizou o seu pé e o seu sapato tocou o bordo do sapato do polícia, que garante tê-lo mantido do seu lado da divisória. Aí, Craig pôs a mão debaixo da divisória, com a palma voltada para cima, e fê-la deslizar lentamente para a frente e para trás ao longo da divisória

A transcrição é longa, (e o senhor jornalista teve o cuidado de usar aspas, para significar que ele não considera aquilo, feito numa casa de banho pública como obsceno), mas pode ser considerada como serviço público para quem se pretenda iniciar no meio e não conheça os códigos.
E depois está mesmo a ver-se o que aconteceu.
Foi preso e veio tudo para os jornais com as transcrições detalhadas do interrogatório, fotografias, depoimentos porque na América a ILGA ainda não conseguiu colocar suficientes jornalistas nas redacções para abafarem casos como este.
Há uma boa esperança, com a mudança que esperemos definitiva de Castel-Branco para dançarino residente as coisas podem vir a mudar.
E Malheiros conclui que

Craig pode ser um hipócrita, uma pessoa execrável e a sua saída da política pode ser saudada. Mas a sua prisão foi abjecta e é uma prova das muitas falsas liberdades apregoadas mas não praticadas nos EUA, o sinal de um regime autoritário e moralista que se arroga até o direito de ditar as práticas sexuais permitidas - sob uma capa politicamente correcta. Os liberais podem alegrar-se com a partida de um reaccionário.

E aqui está como um anti-americano primário que odeia tudo o que a América representa, pode num instantinho babar-se de simpatia por um reaccionário só porque ele é larilas.
Dá que pensar.

2 comments:

Anonymous said...

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fado alexandrino. said...

Man.
Granda pinta!