27 Feb 2012

Sem título (não precisa).



Em 1994 num quase ignorado país africano uma guerra entre as duas etnias da região resultou no massacre brutal entre 800 mil a um milhão daqueles que pertenciam à etnia dominadora por parte da outra que dominava em número.
Foi no Rwanda e o mundo assistiu impávido e sereno às pequenas notícias que se viam na televisão durante o jantar.
Foi assim ontem é assim hoje e será assim amanhã.

Todos os conflitos em que entram etnias negras atingem proporções bíblicas e neste caso para além do esmagador número de assassinatos a barbárie com que os mesmos foram cometidos ultrapassou (mas em breve será ultrapassada) tudo o que já se tinha visto.
Estamos a falar de uma coisinha com 26,000 quilómetros quadrados sendo que Portugal tem 92,000 na qual foram dizimados cerca de 20% da população.
Era um território pertencente à Bélgica e por isso a Sabena voava para lá regularmente e em Kigali possuía um moderno hotel.

Este filme podia ser uma versão romanceada de um qualquer heroísmo mas aconteceu mesmo.
Este homem era o gerente desse hotel.
Sendo  ele próprio um Hutu estava a salvo tinha no entanto dois problemas. A mulher era Tutsi e de repente o hotel em que era gerente encheu-se de refugiados e as suas únicas armas eram o suborno com dinheiro ou bebidas, a astúcia de ser sempre aparentemente submisso e muita sorte.
Mas acima de tudo o amor que dedicava à mulher e filhos e que lhe deram toda a força para ultrapassar todos os perigos nunca desistindo.
E assim um filme sobre o horror e a bestialidade transforma-se num hino ao Amor.

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