11 Feb 2012

A Amanda vale dois séculos (calada)



No futuro a humanidade modificada geneticamente cresce até aos 25 anos, pára de envelhecer e aí a todos é concedido mais um ano de vida.
Não há dinheiro, tudo se paga com tempo de vida, um café cinco minutos, um bilhete para o Benfica-Porto duas horas.
Ora como na vida real uns mais espertos ou menos piegas, mais trabalhadores ou menos sindicalistas podem ir aumentando o seu tempo de vida com a agradável surpresa de nunca envelhecerem para lá daquela idade.

Para completar a trama como não podia deixar de ser a humanidade está dividida entre os muitos ricos e os outros e aqui dividida é mesmo o termo porque aqueles vivem em ambientes protegidos por sucessivas fronteiras onde apenas se passa pagando, uma ideia que o nosso saudoso ex-ministro Cravinho acharia absolutamente repelente.
Este conjunto de pormenores faz com que a cena inicial se passe entre mãe e filho, ela com cinquenta e tal anos (presumíveis) e ele com vinte e tais parecendo dois irmãos.

Há ainda uma circunstância que atrapalha a vida de muita gente.
Não é possível disfarçar a riqueza nem colocar o tempo num off-shore e muito menos numa conta disfarçada debaixo de muitos números numa Suíça que deveria haver, o que teria evitado todo este burburinho ao senhor Isaltino.
Não, o tempo (ou seja o equivalente ao triliões dos ricaços) está ali estampado no braço como poderão ver no fotograma o que faz com que muita gente no pino do Verão ande com blusões de mangas largas.

Todas estas ideias são geniais e podiam dar um grande filme.
Junte-se Justin Timberlake, Amanda Seyfried & Outros e nem Andrew Nicol que dirigiu o excelente Gattaca consegue evitar o desastre.

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