Do mártir do Calvário,
Que, à força de gastar os bens com a pobreza,
Tornou-se milionário
(A Velhice do Padre Eterno - Guerra Junqueiro)
Não há nada mais anti-democrático neste velho Mundo do que as Igrejas, sejam elas quais forem.
Claro que no mundo ocidental pode afirmar-se que é livre pertencer-se a esta ou aquela e que só entra quem quer.Sobre a outra parte do mundo o pudor manda que nos calemos.
Para se entrar numa corrente de fé é preciso aceitar regras imutáveis e dogmas dos quais o melhor que se pode dizer é que são impossíveis de entender fora da fé.
E quem é que zela por essas complexas e autoritárias regras?
Uns senhores ataviados nas suas funções de saias e com grandes aparatos de acessórios cabalísticos e que dizem ter recebido a incumbência de Deus.Mas alguém alguma vez presenciou este acto?
Não, e para acreditar nisto lá voltamos ao mesmo é preciso ter fé, muita fé, e não questionar nada.
Nada disto teria a mínima importância se cada um respeitasse a máxima " A César o que de César a Deus o que é de Deus" ou seja a sociedade civil não incomoda a sociedade religiosa e esta por sua vez trata das suas quintas e fala para o seu rebanho daquilo que sabe ou seja da religião.
Mas infelizmente não é isso que acontece e os bispos portugueses vem alarmar com incenso e mirra que a democracia está em risco.
Vindo de um sindicalista da CGTP ou seja de um funcionário do PCP tal afirmação devia ser recebida com um sorriso de compaixão por tamanho desconxavo.
Vindo de quem vem é apenas de retirar a compaixão porque a dor purifica a alma e garante o reino dos céus.Assim seja.
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