As horas passam depressa,
e antes que o dia acabe,
deixa cá dizer-mo na cara,
de nariz ainda mais franzido,
para não me restarem dúvidas:
- Tou velha, xiça!
É um filme sobre velhos que se transformam em novos e novos que aprendem com os velhos.
De um encontro casual numa sala de cinema praticamente vazia de espectadores nasce uma amizade cúmplice entre um velho “gaffer” cuja história turbulenta no mundo do cinema o tinha transformado num beberrão que passava os dias a recordar velhos êxitos e um jovem cujo pai tinha desaparecido e cuja mãe vivia agora com um fulano que não o suportava.
O sonho deste rapaz era fazer um filme, aliás vivia para os filmes.
E o velho, soberba interpretação de Christopher Plummer
Estavam reunidas as condições e todos aqueles reformados embarcam nesta aventura que para eles significava o voltar a viver.
É um filme muito actual pois como história acessória toca ao de leve no drama que é os velhos serem atirados para os asilos onde as condições de vida são quase sempre miseráveis.
O telefonema que uma das personagens faz à filha, que o despacha em cinco segundos, mostra como o cinema imita a realidade.
Como se diz num dos diálogos:
Will you be willing to pay the price?
Cigars and Wild Turkey?
No, no, no. Well, yeah, yeah, of cour... No. I mean, the real price.
What's that?
A promise... to me...that if you ever make it, you won't crap on people...like Mickey and the others...like these fine folks. And that you'll never forget how and who...got you to the chair.Can you make that promise?
Sure, Flash.
Now we're talking Technicolor.
É isso.
A qualquer momento uma vida a preto e branco pode passar a ser a cores, muito vivas.
2 comments:
Eu só digo coisas dessas quando é dia 1 de Abril. Quase que juro que só é nesses dias.
Ainda bem.
Demorei um bocado na resposta porque estive a analisar grafológicamente toda a tua escrita e concluí que mentalmente estás nos vinte e seis o que vai também mais ou menos de acordo com o resto.
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