Segundo as notícias dos jornais, cerca das duas e meia da manhã de ontem um carro simulou um acidente a meio da Ponte 25 de Abril e quando outro carro abrandou para ver o que se passava, imobilizaram-no, retiraram o condutor à força, meteram-no no carro “acidentado” que por acaso era roubado e fugiram.
Cerca de umas horas depois o infeliz era abandonado, maltratado e teve que baixar ao hospital.
Deixando de lado os contornos dúbios de ligações entre os intervenientes convêm pensar no seguinte:
Numa ponte com dezenas de câmaras e com um posto de GNR numa das extremidades como é que um assalto destes pode ser feito e não haver nenhuma reacção policial.
Estavam todos a dormir?
O incrível é que parece que os próprios jornais acham isto normal.
Adenda
Estamos entregues à bicharada. É tudo muito bonito mas depois não serve para nada. Ler em comentários o seguimento desta notícia.
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Só por um golpe de sorte a Polícia Judiciária (PJ) vai ter imagens do sequestro que aconteceu na Ponte 25 de Abril, na madrugada de domingo. Os criminosos simularam um acidente em pleno tabuleiro, no sentido norte-sul, obrigando um homem que seguia na sua viatura a parar para os auxiliar.
Quando se aproximou foi imediatamente ameaçado com armas e levado pelos agressores no seu próprio carro. Foi violentamente espancado, roubado e largado em Sassoeiros, Cascais.
Apesar da ponte estar equipada com um sistema de videovigilância com nove câmaras de filmar - duas das Estradas de Portugal e sete da Lusoponte - os protocolos que permitem a gravação das imagens apenas prevêem essa acção quando há problemas relacionados com a fluidez de tráfego.
No caso do crime de sequestro, ou de qualquer outro crime que ocorra naquele local, só seria gravado se, naquele preciso momento essa imagem estivesse a ser transmitida para o Centro de Operações e a ser visionada por um dos técnicos.
A porta-voz oficial da Lusoponte escusou-se a dar detalhes sobre o caso do sequestro e não esclareceu se as imagens foram ou não gravadas. "A videovigilância presta-se essencialmente a casos de acidentes e nunca tinha acontecido uma situação destas", afiança esta fonte.
Adiantou, no entanto, que "quando há algum problema imediatamente é contactada a GNR", que tem uma patrulha em permanência na Ponte 25 de Abril.
Na situação em causa a GNR não foi contactada, o que leva a concluir que as imagens não estavam a ser captadas ou visionadas no Centro de Operações.
O responsável pelo Gabinete de Comunicação da GNR assegurou ao DN que "até ao momento" a GNR "não recebeu nenhuma informação sobre o sucedido". Esta fonte oficial aponta como possível causa "a rapidez com que o crime se possa ter desenrolado", impedindo uma "reacção atempada, nomeadamente a intercepção dos criminosos".
Na PJ a investigação está nas mãos da 6ª Secção da Directoria de Lisboa e Vale do Tejo, competente para os casos de roubos com armas de fogo. A Directoria já fez um pedido formal à Lusoponte para a cedência das imagens, as quais, de acordo com a lei de protecção de dados pessoais, só podem ser utilizadas com autorização judicial.
No entanto, ao que o DN apurou, os investigadores estão convictos que o filme pode nem ser necessário para a identificação dos criminosos. Têm indícios de a vítima os conhecer e de se tratar de um "ajuste de contas". Os investigadores ainda não conseguiram ouvir a vítima por esta se encontrar em estado grave.
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