5 Jul 2008

Marido e marido por toda a vida


O Diário de Notícias sempre foi e sempre será o jornal oficioso do governo.
Está-lhe no sangue, são mil anos de experiência.
A doutora Fernanda Câncio é a namorada oficiosa do nosso primeiro.
Ontem, em conjunto, abateram, algures, mais uma árvore para fazerem um artigo dado à estampa no primeiro.
Claro que tinha que ser sobre o assunto de momento.
A entrevista de Manuela Ferreira Leite.

Na mesma entrevista já analisada pelos maiores cronistas de direita e de esquerda a senhora disse duas ou três coisas que são de arrepiar, a saber, o país não tem dinheiro para nada, se quiser contruir o TGV e o novo aeroporto vai ter que se endividar, ainda mais, no estrangeiro e nenhuma destas obras apresenta qualquer benefício para o país.
Ainda pior, como tem sido demonstrado, nenhuma delas é necessária.
Isto claro que coloca em causa o namorado da doutora Fernanda Câncio.
E o que faz ela?

Reduz a entrevista a temas sexuais, uma das suas conhecidas fantasias.
À pergunta final sobre casamentos entre gays, lésbicas, transexuais e outras coisas tais ela respondeu que sim” podem casar mas chamem-lhe outra coisa que casamento não é”.
Isto não os satisfaz, são seres muito dificeis de satisfazer, como aliás a doutora Fernanda Câncio também é.

E por isso ela acha que Manuela Ferreira Leite
“ não quer ser "suficientemente retrógrada" ao ponto de se dizer "contra" as relações homossexuais. Só o suficiente para dizer que são indignas de um estatuto de igualdade discriminatório.”

Ora a namoradinha de Portugal não compreendeu nada da pergunta e muito menos da resposta.
Aqui não se trata de dignidade ou não.
Trata-se de classificar de forma diferente o que é diferente.

Ou quando a bigamia for autorizada (lá chegaremos) também de falará de casamentos multiplos?

6 comments:

susana said...

Ontem estive a pensar escrever algo, sobre a subversão dos valores. Agora chego aqui e leio este post. Não tenho nada contra os homossexuais, tambem não vou dizer que lhes bato palmas. Um homem a fazer amor com outro, é tudo, menos romantico e belo. Pode vir quem vier! Mas na verdade da maneira que as coisas vão, quando eu digo, sou heterossexual, parece que eu é que sou a "anormal". Está na moda ser gay, vestir andrajos, falar mal, usar gírias que assassinam o português, termos brasucas que simplesmente odeio.
Esperemos que seja mesmo só uma moda passageira.

Anonymous said...

Fernanda Cancio devia estar caladinha. Afinal de contas, o namorado oficioso da senhora, também não faz grande coisa para mudar a situação. Criticam a Ferreira Leite por ser retrogada, mas também não vejo o Governo a mudar a lei.
Talvez Sócrates saiba que "agir por principio" lhe faz perder votos. E eleições.

fado alexandrino. said...

Muito obrigado.
As prioridas definidas pelos jornais são muito curiosas.
Por exemplo, Diogo Infante demitiu-se de um teatro qualquer e conseguiu ter meia página com o seu tormento em todos eles.
É apenas uma coincidência.

tonta said...

Não sei. Mas ouço dizer que se tratam por marido e marida. Marido e marido é muito confuso!

fado alexandrino. said...

Obrigado.
Parece-me boa ideia.
Quem veste o baby-doll é que pode ser a grande questão nocturna.

dutilleul said...

“Diogo Infante demitiu-se de um teatro qualquer e conseguiu ter meia página com o seu tormento em todos eles.”

Para ser depois solenemente convidado para o TN DM...

Mais outra coincidência