Pois! Foram esses mesmos fieis e leais mainatos que vos recambiaram, aos enxurros e encontrões, de sacas de plástico aviadas e atafulhadas de trapos, para os asilos do IARN. O que nos custou a aturar a vossa arrogância e corporativismo, corporativismo esse que vos valeu, reconheça-se o mérito, estarem todos mais ou menos bem de vida! Todos os retornados que conheço ainda hoje mantém a mesmíssima pose arrogante e cínica que os pobres pretos deixaram vingar.
Trinta e três anos após a descolonização, e sobretudo no contexto no meu blogue, o teu ressabiamento relativamente aos retornados não tem sentido. Que parvoíce! A história é a história, e seguiu o seu curso. As culpas relativas à colonização não recaem apenas sobre os arrogantes retornados que tanto te incomodaram porque não eram humildes nem discretos nem pequeninos.Tão criminosos são os executantes do crime como os seus mandantes, sendo que entre estes se encontravam todos os portugueses, tu incluído. O dinheirinho que o IARN gastou connosco em roupa em segunda mão, cobertores do exército, ovo em pó e alojamento para alguns, não era o teu: veio de África, da árvore as patacas que aquilo foi para o metrópole durante muito tempo. A tua visão da questão colonial é um bocadinho redutora, limitada. Não sabes da missa a metade e escapa-te uma certa abrangência, mas tu é que sabes, está à vontade
De um blog foram retiradas estas duas considerações sobre o colonialismo.
Hoje mesmo Helena Matos, na sua crónica no Público faz a comparação sobre o que os jornalistas viram no episódio da Quinta da Fonte e o que viram na vinda aos trambolhões dos portugueses da África Portuguesa.
Diz ela:
Trinta e três anos após a descolonização, e sobretudo no contexto no meu blogue, o teu ressabiamento relativamente aos retornados não tem sentido. Que parvoíce! A história é a história, e seguiu o seu curso. As culpas relativas à colonização não recaem apenas sobre os arrogantes retornados que tanto te incomodaram porque não eram humildes nem discretos nem pequeninos.Tão criminosos são os executantes do crime como os seus mandantes, sendo que entre estes se encontravam todos os portugueses, tu incluído. O dinheirinho que o IARN gastou connosco em roupa em segunda mão, cobertores do exército, ovo em pó e alojamento para alguns, não era o teu: veio de África, da árvore as patacas que aquilo foi para o metrópole durante muito tempo. A tua visão da questão colonial é um bocadinho redutora, limitada. Não sabes da missa a metade e escapa-te uma certa abrangência, mas tu é que sabes, está à vontade
De um blog foram retiradas estas duas considerações sobre o colonialismo.
Hoje mesmo Helena Matos, na sua crónica no Público faz a comparação sobre o que os jornalistas viram no episódio da Quinta da Fonte e o que viram na vinda aos trambolhões dos portugueses da África Portuguesa.
Diz ela:
Entre Agosto de 1974 e o início de 1975 os portugueses em fuga de África mal se vêem nas páginas dos jornais. É claro que se fala deles mas com o incómodo e os rodeios de quem tem de dar uma má notícia no meio duma festa. Esta é a fase em que os fugitivos são necessariamente brancos pois assim facilmente se integram no estereótipo que deles traçam homens como Rosa Coutinho que os classifica como "elementos menos evoluídos que têm medo de perder as suas regalias" ou Vítor Crespo que os define como "pessoas racistas que não abdicam dos seus privilégios".
Infelizmente o artigo não tem link (é reservado a assinantes) mas só por si valia a pena comprar hoje o jornal.
Pode ser que o historiador Joaquim Furtado tenha um tempinho para o ler e assim na segunda série que irá dedicar à descolonização exemplar, aliás paga por todos nós, possa tirar as lentes vermelhas.
2 comments:
Ponto de encontro da alma portuguesa....
www.imperioportugues.wordpress.com
até já....
Pois, pois o Quim Furtado deveria ter andado (como eu e não fui militar) nas obras de construção de estradas em Cabo Delgado e na região de Tete, que certamente teria mudado de ideias e de guião para fazer aquele filminho de m.......
Abraço
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