10 Jul 2008

José Miguel Silva


Num blog levantou-se o problema dos casamentos entre gays e a situação muito engraçada de duas senhoras lésbicas que importaram um norueguês para depois de lhe espremerem os tomates fabricarem um filho.
Gosto muito destas discussões pois aprende-se imenso.
Um senhor gay depois de explicar a infância confessa que “não foi por isso que eu me tornei homossexual”.
Ainda bem que o diz pois anda por ai a ideia que eles, coitados, já nascem com aquele defeito.

Outro senhor, exactamente o do título, diz-nos coisas magníficas.
Ouça-mos:

O sucesso dos gays é avassalador, sim senhor, mas só no campo das artes e do espectáculo. Experimente um gay assumir a sua condição em áreas profissionais menos intolerantes, e verá como o encaram patrões e colegas. A verdade é que a esmagadora maioria dos gays não pode assumir que o é, e porquê? Porque tem medo do olhar reprovador e das decorrentes sanções por parte de alexandrinos e outros fados. As marchas do orgulho gay são uma reacção psicológica a milénios de descriminação e de auto-recriminação. Os gays decidiram a partir dos anos 70 que não tinham que se envergonhar de o serem, daí a revindicação do orgulho. É essa luz que fazem sentido. Quem não percebe algo de tão evidente como este natural mecanismo de auto-afirmação, mais valia guardar os seus comentários para as assembleias-gerais do Benfica.

O que temos aqui de muito engraçado é que ele julga que há profissões onde não se pode ser gay, mas o Silva está enganado, o que simplesmente acontece é que eles próprios reconhecem que o que fazem é indigno e por isso lhes causa vergonha.
Se ser larilas fosse uma coisa normal quem é que se preocupava com o caso?

Outro senhor achou ser gay em Lisboa é mais fácil do que em Bragança.
Tem razão, há mais farmácias de serviço para comprar o K-jelly.

Ficamos também a saber que trinta anos depois das marchas carnavalescas que fazem por todo o lado para deixarem de se envergonhar e para envergonhar, o Silva ainda acha que há por aí muitos envergonhados.
Não há pachorra!

Pode ler tudo aqui

2 comments:

Anonymous said...

a idiotice deste post e' tenta que nao me ocorre o que dizer.... A todos os homofobicos deste pais: deixem os gays em paz, vao a vossa vida e deixem-nos viver a nossa. Metam-se na vossa vida, nao precisamos da vossa aprovacao ou tolerancia para nada.

AnaMuas said...

É vergonhoso que em pleno século XXI ainda existam pessoas com um raciocínio e uma mente tão retrogada como a de certas pessoas que dizem que ser gay é «indigno» e «anormal»!

Sinceramente admiro cada vez mais os gays assumidos, pois esses sim têm tomates para se mostrarem tal como são, não ficam mostrando uma máscara como tantos outros. Não se importam com as opiniões alheias, opiniões de reprovação tal como esta do seu post. Têm a confiança e a personalidade para ir contra meio mundo, o que faz com que alguns heteros se "assustem" com eles, chegando mesmo, a ter medo que a homosexualidade seja contagiosa!

Já está mais que na hora de o mundo por de lado os preconceitos arcaicos! As mulheres já usam calças(excepto em alguns paises), os pretos já não sao escravos(excepto em alguns paises)... Então porque raio é que os gays ainda são tratados desta maneira? Porque grande parte do mundo não partilha da mesma opinião, é? Grande parte do mundo não é benfiquista, no entanto não é por isso que ser benfiquista é «indigno» e «anormal»...ok talvez para alguns seja.

E se fosse "normal" ser homo e não hetero? Iriam os supostos heteros continuar heteros? Acho que alguns deixariam-se levar pelas "regras" da sociedade, acabando por não ser eles próprios e acabando por não saber quem eram. As pessoas não têm de ser como as outras querem, não estamos na terra para agradar a ninguém. Nem você nem ninguém tem o direito de querer que uma pessoa seja como você pertende!

Fala-se tanto em liberdade, mas realmente «Cão que larda não morde» e «Falam falam mas não fazem nada»! Talvez um dia as pessoas possam partilhar de opiniões diferentes sem serem etiquetadas pela sociedade como anormais e indignas...até lá fica uma mensagem: «O preconceito é o raciocínio dos estupidos»