É preciso que fique claro que a mulher não terá de “justificar-se” perante ninguém, nem sequer de “explicar-se”, pois a decisão é apenas sua, assumida ao abrigo da sua autonomia enquanto pessoa humana, autonomia essa que lhe concede um espaço de reserva da sua intimidade, que ela não é obrigada a partilhar com ninguém.
Eduardo Maia Costa
Juiz-conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça
Muito bem, eu não diria pior.
Aliás Sua Excelência o Senhor Doutor Juiz podia também acrescentar como aviso que à mulher se lhe for pedida qualquer taxa moderadora deve também recusá-la.
Uma das grandes bandeiras dos apoiantes do SIM era que a nova lei não ia transformar este acto de eliminar uma vida naquilo que outros (eu incluído, claro) chamávamos de aborto livre, gratuito e até logo senhora doutora tive muito prazer em conhecê-la.
Não senhor, afirmava-se, havia de haver uma pré-consulta, um pré-acompanhamento, assim a modos que um pré-perservativo que tivesse tido uma ligeira rotura.
E depois a futura ex-mãe ia para casa com uns panfletozinhos, uns desdobráveis e como estamos na Oropa, até talvez um número de telefone para se poder aconselhar.
Se mesmo assim a “coisa” tivesse que ser feita, depois havia de haver um aconselhamento, umas aulas de como foder sem engravidar (só teóricas) e mais uns desdobráveis.
Era tudo tão lindo, mas como nos contos de fada, bateu a meia-noite e lá se transformou a linda carruagem em abóbora.
O antes já está ali explicada pela sumidade que escreveu o artigo no Sol e como membro do mais restrito clube que há em Portugal vai fazer lei para o povinho cumprir.
O depois, como tudo o que é socialista será ainda pior.
E de certeza que vai sair do meu bolso, do seu, do de quase todos.
É a vida, perdão é a morte.
* Título tirado daqui
1 comment:
opps
Vim só para deixar um beijoooooooooo
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