20 Nov 2015

Outro nome a fixar


O senhor David Fontes ontem teve um problema que ele conta assim:

"Olha, és tu a escrever hoje. Já sabes sobre o que vais escrever?" Não, não sei.

Ora para um senhor jornalista, não há drama maior.
E conseguiu saltar a barreira.
Analisou Paris:

Que parem os terroristas e as mortes, mas também que parem o enunciado das medidas securitárias e os ataques à bomba.

Mais um exemplo da teoria do "mas".
E era preciso encher mais um bocadinho de página e logicamente para quem não sabia o que escrever, escreveu:

Quero saber o que é que vou explicar agora aos meus amigos galegos, que, sentados à volta da mesa de um restaurante em Vigo, me intimavam: "Precisamos que alguém nos explique como é que se indica para formar Governo quem não tem maioria no Parlamento".

Impressionante como estes jornalistas encontram casualmente pessoas que lhe fazem perguntas estupendas para uma crónica imaginária.
E logo galegos e em Vigo, entusiasmados com a política portuguesa e com o Celta de Vigo.
E, continuava a faltar um final para a crónica que não ia ser escrita.
Encontrado, que felicidade:

O 25 de novembro? Sim, os partidos que não se detiveram perante o caráter simbólico dos feriados da Restauração e da implantação da República, queriam reunir para preparar as celebrações dos 40 anos do 25 de novembro, daqui a cinco dias.

Nem mais, com um pouco de detergente e um pano húmido vamos de uma vez por todos apagar o 25 de Novembro.
É que o mesmo incomoda muita gente que gostava que não se lembrassem do que fizeram por lá.
Onde é que você estava no 25 de Novembro?
O senhor David Fontes se não estava onde eu penso, gostava de lá ter estado.
Aguardemos pela próxima crónica que ele queira realmente escrever.

2 comments:

Rasputine said...

Crónica de papel higiénico...

fado alexandrino. said...

Olhe um dos do JN, um tal Azeredo Lopes, tanto escreveu que já é ministro.
Este tem que esperar mais um bocadinho.