17 Jul 2015

Um problema, três opiniões, nenhuma certeza.


A recente tentativa desastrada do secretário de Estado de deslocar para a tutela do Museu do Chiado um conjunto de obras da Coleção SEC mostra como é difícil à capital pensar o país como um todo e não como um "tudo cá". Dessa incapacidade sofreu o Centro Português de Fotografia, pensado como uma instituição autónoma, dinâmica, e não uma dependência da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas.
Lisboa até pode achar que este é o momento de ter um museu de arte contemporânea à imagem de Serralves, mas que o faça à custa da violação do que está protocolado só mostra a má raiz da decisão. Ainda bem que, desta vez, os assaltantes foram apanhados à porta do museu.
(O olhar de um jornalista que percebe tanto de arte como da cultura da batata)

É hoje inaugurada a extensão do Museu Nacional de Arte Contemporânea, dito Museu do Chiado. A saída do Governo Civil de Lisboa do edifício contíguo permitiu duplicar a área expositiva, tornando possível mostrar a denominada Colecção SEC  —  mais de mil obras de arte contemporânea portuguesa  —, encaixotada em Serralves, mas afecta ao MNAC desde Setembro de 2013. Sucede que o secretário de Estado da cultura [não é gralha, é mesmo cultura] revogou o despacho que assinou há dois anos. A colecção continua no Porto, o que não teria mal se pudesse ser vista. Mas não pode.
( A opinião de Eduardo Pitta)

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