1 Nov 2012

Dia 27 há mais, e antes também.

 


Houve mais um Grande Acontecimento em Lisboa.
Foi a “discussão” do Orçamento do Estado.

Uma peça de teatro muito bem ensaiada com momentos de circo e onde à falta de grandes novidades apareceu o palhaço de serviço, o senhor deputado Rui Barreto.
O Grande Equilibrista Paulo Portas fez um número que arrancou aplausos de pé da maioria da assistência.
O Homem das Brumas, Ferro Rodrigues, ia conseguindo pôr a assistência a dormir.
Houve mais uns actores secundários de que a História não lembrará o nome, claro que destes também não.
Havia poucos lugares disponíveis para os tugas em geral e ainda por cima, vejam bem com artistas destes, tinham que ficar calados.
Preferiram ficar cá fora e mesmo sem ver o espectáculo dar opinião e segundo palavras de um “ficar ali até à morte”.

Então foi assim.
O PCP da Rua também conhecido por CGTP-Intersindical apareceu com cartazes, fez um discurso foi embora antes da chegada dos estivadores ao som de “Passos Coelho Filho da Puta”.
Com esta embalagem apareceram depois os mascarados e os trolhas do costume.
Traziam um sofá que queimaram, muitas latas e garrafas de cerveja (sempre havia uns trocos nas algibeiras do RSI) que depois de bem bebidas atiraram aos polícias.
Num gesto infeliz um deles acertou numa manifestante, já era a vigésima bejeca, tem desculpa.
Um bocadinho mais tarde alguns rapazes despiram-se e mostraram os cús virados para a Assembleia.
O gesto foi inspirado nos panfletos do Sérgio Lavos & Outros .
As televisões atentas e venerandas transmitiram.

Esta gente quer ser levada a sério.

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