Uma Eterna Dúvida

Podemos viver
encostados às sombras
das luzes que se apagam
até que a noite aconteça

Ah, viver na certeza de ainda sermos gente
num imenso pôr do sol sem pressa!

I Blog Your Pardon

"Onde quer que estejas ...", esta é uma observação que quase todos fazemos quando nos lembramos de alguém querido que já partiu desta vida.
Implícita nela está a ideia de que há uma vida para lá da morte.
E disto que este filme trata.

Como cinema é perfeito e já foi escrito milhares de vezes que a cena inicial supera a realidade que pretende demonstrar.
O cruzamento das vidas e destinos de pessoas que nunca se conheceram e que vivem em lugares distantes mas que um golpe de destino coloca em rota de colisão também já foi contado milhares de vezes e Clint conta-o com grande elegância.
São três as personagens.

Uma viu a morte, outra sentiu a morte a terceira adivinha quer a vida quer a morte e isso transforma-lhe a vida numa tragédia.
Para os que acreditam o filme não vai acrescentar nada, sempre acreditaram.
Para os que não acreditam a situação é igual, nunca mudarão de opinião.
É esta aliás a glória do filme.
Não se pode contar muito, melhor dizendo não se deve mesmo contar nada para não estragar o prazer de quem o vai ver.

Há no entanto um pormenor fantástico (obrigado Futre).
Uma das personagens anda sempre com o boné do irmão o qual para o mesmo representa uma parte da vida.
Um dia chega á escola e com a turma sentada depois de uma breve introdução a professora manda-o tirar o boné da cabeça.
Na mesma sala está uma muçulmana ataviada de lenço da cabeça aos pés.
A professora acha isso normal e continua políticamente perfeita a aula.
Isto é apenas um pormenor.

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