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24 Aug 2010
Todos têm um preço
Chegou o dia de sonharmos com terras estrangeiras
Aqui onde vivemos é muito pequeno, eu soube
Chegou o dia em que iremos para terras estrangeiras
E logo perguntaremos o que o futuro nos reserva
Um barco branco parte para Hong Kong
Eu desejo esses lugares distantes
Mas quando chego aos portos estrangeiros desejo voltar para casa
Digo ao vento a às nuvens brancas levem-me para onde vão
Daria com prazer essas novas terras para estar em casa de novo
Fassbinder é um mestre a filmar a burguesia.
Aqui numa cidadezinha dez anos após o fim da guerra chega um fiscal de obras cheio de burocracia e de ideias de honestidade.
Mas na cidade manda um construtor civil (atenção qualquer semelhança com factos portugueses é mera coincidência)que além disso é o dono do cabaret da cidade.
E quem trabalha lá?
Pois nem mais que a filha da governanta que o honesto tinha contratado e por quem ele se apaixona perdidamente.
Quando descobre a dupla personalidade da mesma que além disso lhe é oferecida pelo empreiteiro toda as belas ideias e ideais desaparecem como fumo.
Tudo isto é embrulhado com um naipe de excelente canções (a de abertura do filme está ai) e filmado num ambiente de soberba decadência moral em tons de vermelho.
Como sempre.
Está aqui
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2 comments:
Oh pra inspiração do Fado regressado de férias.
Muito obrigado.
Uma palavra amável é Viterra para a alma.
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