Escreveu livros que tiveram o aplauso unânime da crítica e dos leitores.
E de repente começou a ficar com uma irritação, queria ser o primeiro Nobel da literatura portuguesa. Não foi e ainda por cima a honra foi para o arqui-inimigo.
Transtornado, para amenizar desatou a escrever livros que quase ninguém entende namorou uma garota brasileira com idade de neta e vai casar com uma senhora com a idade das filhas.
E agora considera-se morto o que não deve ser boa ideia.
Como ele diz:
"Mantenho que todos morremos em África. Eu morri. Os meus camaradas da minha companhia morreram. E muitas vezes me pergunto se não estamos todos mortos por detrás dos nossos olhos (Expresso 28/08/2010)".
Isto vem em resposta a uma palermice que escreveu (na realidade foram duas) sobre as baixas da companhia onde foi médico em Angola e pela qual teve que se retratar.
Devemos no entanto dar o devido desconto a uma pessoa que afirma " não compro jornais, não tenho computador, não vejo televisão nem vou à Internet".
A outra um pouco mais ignóbil não lhe mereceu qualquer comentário.
Uma e outra insultam as centenas de convívios que todos os anos se fazem entre os ex-combatentes.
No meu caso pessoal ainda este ano vamos comemorar os 46 anos da incorporação e aparecem sempre uma centena de amigos.
Espero lá estar no cinquentenário.
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