30 Mar 2007

Está a aquecer e ainda não é Verão


Uma votação, um cartaz e as forças vivas da Nação desatam aos gritos.
Sobre a votação já escreveram todos os senhores jornalistas e os senhores fazedores de opinião também já a deram.
Não tem importância, não representa nada, toca a assobiar para o lado e ala que se faz tarde que vem aí o Benfica-Sporting e se não houver assunto sempre se pode ir desencantar o problema da pequenina que foi roubada.

O problema agora foi o cartaz.
E para começar, tenho que dar os parabéns aos senhores que o plantaram ali. Com um custo de tostões tiveram direito a publicidade de milhões.
As televisões, os jornais e claro, aqueles senhores tão desocupados do seu tempo que de vez em quando passam pela Assembleia da República para picar o ponto olharam e falaram.
O primeiro a falar, na sua bela voz de barítono, um profissional da política a quem não se conhece outro cargo indignou-se.
Os outros indignaram-se também. A maioria também só vive daquilo.
Todos querem que seja proibido. Democraticamente.

E afinal o que diz o cartaz?
Portugal aos Portugueses. Basta de Imigração.
Parece normal.

Mas também podia lá estar, basta de subsídio de desemprego a quem não quer fazer nada, basta de indemnizações pornográficas aos gestores públicos, basta de derrapagens orçamentais, basta de milhares de carros do Estado para uso privado, basta de baixas fraudulentas, de sindicalistas eternos que já não sabem o que é trabalhar, basta de Otas’s de Tgv’s e de submarinos, basta de crimes de colarinho branco, de universidades que são lavandarias, de andarmos de beijinhos aos Palops e levar pontapés no cú dos mesmos, basta da falta de moral e ética dos nossos políticos e basta de centenas de imigrantes que se dedicam apenas e só ao roubo.

E por isso o cartaz é bem-vindo e os taxistas que pedem outro Salazar (como Ana Sá Lopes hoje descobriu, ela que não conhece a Carris) um dia vão encontrá-lo.
Ou então, teremos que nos barricar, para nos defendermos.

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